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Anvisa registrou 50 novos defensivos para "culturas menores" em 2014

Brasil tem grande potencial, mas não exporta o suficiente, admite Mapa


Até agora em 2014 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) registrou 50 novos princípios ativos para a fabricação de defensivos agrícolas voltados às chamadas “minor crops” (culturas menores). A liberação dessas moléculas beneficiou culturas como abacaxi, morango, laranja, pepino e cenoura.

“Esse aumento do registro de moléculas dará mais eficiência ao combate às pragas e doenças”, afirmou Luiz Roberto Barcelos, presidente da Câmara Setorial de Fruticultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Segundo Barcelos, que também é presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), essa foi uma das “decisões mais importantes em 2014 para a atividade produtiva”.

O dirigente admite que a falta de produtos para a defesa fitossanitária das culturas menores é um dos entraves para a ampliação das vendas externas. De acordo com ele, o Brasil tem um grande potencial de produção, mas não exporta o suficiente para atender à demanda internacional. 

O assessor técnico da Comissão de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Brandão, aponta que as principais dificuldades do produtor dessas culturas são as barreiras tarifárias e fitossanitárias e a falta de logística. Esses temas foram tratados em reunião da cadeia produtiva com representantes do poder público. Admitiu-se que há avanço, mas é necessário aumentar a celeridade dos processos.

A presidente da CNA, Kátia Abreu, vem cobrando agilidade do Governo federal para a liberação do registro de novos agroquímicos. Como senadora da república, anunciou que apresentará requerimento de convocação do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Queremos que ele responda pelos prejuízos causados à produção. A falta de defensivos no mercado tem encarecido o custo de produção e prejudicado as lavouras”, afirmou.

Katia lembrou que alguns produtos estão há mais de cinco anos na fila de análise da Anvisa, aguardando a liberação de registro. Defendeu que culturas como feijão, hortaliças e frutas sejam autorizadas a usar defensivos similares, uma vez que estas atividades não dispõem de agroquímicos específicos.

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