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Falta evidência de campo para provar declínio de abelhas por neonicotinoides

Há divergências na comunidade científica



Há divergências na comunidade científica sobre se os neonicotinoides são responsáveis por um declínio das populações de abelhas no mundo. A presença de resíduos desse agroquímico, juntamente com outros (como o fipronil) é apontada como causador da mortandade, levando muitos países a considerar a proibição do inseticida – entre eles o Brasil.


Dois cientistas da Universidade de Sussex realizaram pesquisas sobre o assunto e discordam frontalmente sobre o tema – com direito a acusações mútuas. Norman Carreck afirma que seu colega Dave Goulson formulou seu estudo alimentando abelhas com níveis irreais de Imidacloprido neonicotinoide em laboratório para forjar um efeito adverso sobre as abelhas.

"Há ainda muitas questões significativas [a serem respondidas] do ponto de vista da ciência. Testes de campo completos não mostraram os níveis de dano [sobre as abelhas] em comparação com as doses artificiais de pesticidas com as quais as abelhas foram alimentadas”, diz Chris Hartfield, especialista em abelhas e polinização na NFU (Associação Nacional de Produtores Rurais do Reino Unido, na sigla em inglês).


Luke Gibbs, porta-voz da Syngenta, acrescenta que a empresa sempre sustentou que os resultados baseados em laboratório eram inconsistentes com o que era comprovado em campo. “Sempre tivemos um problema: os estudos de laboratório não foram reproduzidos na lavoura”, sustenta.

A Comissão Europeia impôs a suspensão por dois anos (em Dezembro de 2013) do uso de três inseticidas: Imidacloprido, Tiametoxam e Clotianidina.

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