Trigo em alerta contra a ferrugem da raça Ug99
Doença é atualmente o maior desafio da produção de trigo no mundo
A raça Ug99 do fungo Puccina graminis tritici, causadora da ferrugem do caule, é atualmente o maior desafio da produção de trigo no mundo. Descoberta em Uganda em 1999, a Ug99 rapidamente se espalhou pela Etiópia, Kenya, Oriente Médio e sul da Ásia. As correntes de vento vindas da África do Sul deixam em estado de alerta pesquisadores que indicam a Região Sul do Brasil como possível caminho para a entrada da doença no Continente Americano.
Atualmente, 90% do trigo plantado no mundo tem uma mesma base genética para resistir à ferrugem, o gene Sr31. A nova raça de ferrugem Ug99 é capaz de infectar de forma agressiva e matar plantas de trigo que possuem o gene Sr31.
Em 2013, a Ug99 dizimou mais de 10 mil hectares de uma variedade popular de trigo no sul da Etiópia, a cultivar Digalu, que era a mais plantada justamente pela resistência a outras cepas de ferrugem do trigo. As perdas chegaram a 70%.
Estudos recentes envolvendo modelos matemáticos que consideraram a trajetória e a velocidade de ventos indicaram a Austrália e a Índia como regiões de risco iminente à disseminação da Ug99. O estudo, conduzido por pesquisadores dos Departamentos de Fitopatologia e Meteorologia da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), revelou também que, no período entre 1998 e 2007, durante 16 dias a cada mês, as condições foram altamente favoráveis ao transporte de esporos viáveis de ferrugens oriundos do Continente Africano e à sua deposição no Hemisfério Oeste (mais especificamente, na América do Sul).
Diante deste cenário, apesar de ainda não ter sido registrada no continente americano, países como Uruguai, Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá estão em estado de alerta para o risco de entrada do fungo nas Américas. A principal porta de entrada do Ug99 seria o Brasil, especificamente o sul do país, região que concentra a produção nacional de trigo, que está geograficamente alinhada ao local da mais recente detecção da Ug99 no Hemisfério Leste, a África do Sul próximo ao paralelo 30oS.
Até o momento, poucos genótipos aliam resistência à doença e características agronômicas superiores, sendo que a caracterização e a futura incorporação dessa resistência em variedades comerciais ainda constitui um desafio.
Atualmente, 90% do trigo plantado no mundo tem uma mesma base genética para resistir à ferrugem, o gene Sr31. A nova raça de ferrugem Ug99 é capaz de infectar de forma agressiva e matar plantas de trigo que possuem o gene Sr31.
Em 2013, a Ug99 dizimou mais de 10 mil hectares de uma variedade popular de trigo no sul da Etiópia, a cultivar Digalu, que era a mais plantada justamente pela resistência a outras cepas de ferrugem do trigo. As perdas chegaram a 70%.
Estudos recentes envolvendo modelos matemáticos que consideraram a trajetória e a velocidade de ventos indicaram a Austrália e a Índia como regiões de risco iminente à disseminação da Ug99. O estudo, conduzido por pesquisadores dos Departamentos de Fitopatologia e Meteorologia da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), revelou também que, no período entre 1998 e 2007, durante 16 dias a cada mês, as condições foram altamente favoráveis ao transporte de esporos viáveis de ferrugens oriundos do Continente Africano e à sua deposição no Hemisfério Oeste (mais especificamente, na América do Sul).
Diante deste cenário, apesar de ainda não ter sido registrada no continente americano, países como Uruguai, Brasil, Argentina, Estados Unidos e Canadá estão em estado de alerta para o risco de entrada do fungo nas Américas. A principal porta de entrada do Ug99 seria o Brasil, especificamente o sul do país, região que concentra a produção nacional de trigo, que está geograficamente alinhada ao local da mais recente detecção da Ug99 no Hemisfério Leste, a África do Sul próximo ao paralelo 30oS.
Até o momento, poucos genótipos aliam resistência à doença e características agronômicas superiores, sendo que a caracterização e a futura incorporação dessa resistência em variedades comerciais ainda constitui um desafio.
