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SP: Agricultor teme que corte de água atinja o gado em Jarinu

Água que abastece plantações e ‘dá de beber’ ao gado está praticamente contada



Na grande extensão rural de Jarinu, no estado de São Paulo, os bairros que sobrevivem da lavoura passam por dias de aflição. A água que abastece plantações e ‘dá de beber’ ao gado é praticamente contada e só ainda é viável pelas alternativas próprias de cada produtor.

Agricultores, em sua maioria, bombeiam água de nascentes ou córregos que estão em seus terrenos e outros já preparam reserva ou barragens para conseguir armazenar. A duras penas, poços dão conta da água utilizada para consumo familiar. A preocupação de agricultores se concentra nos bairros Olaria, Chavi, Breu e Pinheirinho, percorridos pelo programa JJ nos Bairros.

“Estou gastando uma nota para não deixar morrer de fome e sede as minhas vacas. O capim está seco”, contou Henrique Biasini, 85 anos, que cuida de 20 cabeças de gado em uma propriedade no Olaria. Com alguns ajudantes e rodeado de seus cachorros, ele toca o movimento de um maquinário que retira terra e prepara uma reserva. “Tenho que fazer isso. Neste ano, o canal secou”, lamenta.

“Tínhamos uma nascente que abastecia cinco casas. Secou. Agora, só usamos o poço. Estamos sempre economizando para não faltar. O motor puxa água para a plantação”, diz também Adélio Carmo Menino Rosa que, aos 80 anos, ainda toca suas lavouras de repolho, tomate e uva.

“Não tendo água para nós muda a vida de todos. Você vai ver quanto custará o quilo do feijão”, frisa Adélio, que já viu em suas terras plantações de diversos tipos de fruta - café, poncã e, agora, uva. “Estão querendo lacrar a bomba da represa. O que tem de valor hoje é o celular, o que fazemos na lavoura não tem valor”, lamenta.

A reclamação de Adélio é a mesma de outros colegas da colheita. José Antonio Vieira, que planta morangos, também depende da água bombeada de uma fonte. “Sempre trabalhei aqui. Nasci no sítio. Uso a água com medo que cortem”, diz.

Jardim Bonança - No Jardim Bonança, divisa com o Olaria, há água encanada, mas segundo moradores, há falta de abastecimento sem aviso no período da manhã. Segundo a assessoria da Sabesp, houve o rompimento da válvula que bombeia a água para o bairro e não houve tempo suficiente para avisar os moradores. A manutenção do caso isolado foi feita. Segundo a nota, hoje, todas as casas têm água.

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