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Pulverizações aéreas contra a cárie do arroz


Pulverizações aéreas de fungicidas em arroz são muito utilizadas devido ao não amassamento das plantas da cultura. O momento ideal recomendado para o controle efetivo da doença é muito estreito, situando-se no final do emborrachamento, antes do início da floração. Toda a planta deve ser atingida pela pulverização, mas é imprescindível que as folhas superiores (folha bandeira) e as estruturas que recobrem as panículas que entrarão em floração recebam uma cobertura de gotas muito uniforme. As partes mais baixas das plantas também devem ser atingidas, visando o controle de outras doenças foliares. As condições ambientais durante as aplicações deve ser de temperatura inferior a 30°C, umidade relativa superior a 55% e ventos com velocidade entre 3 e 10 km h-¹.
Gotas pequenas e numerosas são ideais para as pulverizações de fungicidas em arroz, devido ao maior recobrimento das diversas partes das plantas e maior penetração no dossel foliar. Densidades de gotas entre 50 e 70 gotas cm-², no topo da cultura, tem sido suficientes para os fungicidas sistêmicos, sendo desejável que pelo menos um terço delas atinjam a parte inferior das plantas. Deve-se lembrar que a mobilidade destes produtos nas plantas é menor que a de outros agroquímicos, como é o caso de alguns herbicidas, o que exige uma cobertura de gotas mais rica. Volumes de calda entre 10 e 30 L ha-¹ tem mostrado excelente controle da cárie do grão do arroz. Os menores volumes tem um menor custo para o produtor, motivo pelo qual devem ser preferidos. As gotas podem ser geradas por bicos hidráulicos ou por atomizadores rotativos. Os bicos mais empregados são aqueles que utilizam pontas e difusores para formar um jato tipo cônico, bem como os bicos de impacto com defletores, que formam jatos planos. Os volumes de aplicação empregados situam-se, na maioria dos casos, entre 20 e 30 L ha-¹. Devem ser ajustados para formarem gotas com diâmetro mediano volumétrico -DMV- não superior a 200 micrometros (mm). Atomizadores rotativos são muito apropriados para pulverizações aéreas de fungicidas em arroz. Possuem tambores de tela ou de discos, que giram a altíssima velocidade, fracionando o líquido em gotas muito uniformes, com tamanho entre 100 e 200 mm, o que é desejável e recomendável. O volume de calda situa-se entre 10 e 20 L ha-¹.
A tecnologia denominada de baixo volume oleoso - BVO - tem sido adotada com sucesso para controle de doenças em arroz. Agrega atomizadores rotativos e adição de óleo na calda dos fungicidas. As gotas geradas são muito pequenas, mas não sofrem tanta evaporação como àquelas apenas com água, tendo "vida mais longa", ideais para situações de menor umidade relativa do ar.
Em condições teóricas de pulverização, sob parâmetros ambientais ideais, sem perdas por evaporação e deriva, considerando-se que o espectro de gotas pudesse ser homogêneo (todas as gotas de cada aplicação do mesmo tamanho), uma pulverização de fungicida com atomizadores rotativos, com volume de calda de 10 L ha-¹, gotas com 125 mm, a densidade de gotas seria de 100 gotas cm-².

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