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Setor de defensivos fatura US$ 12,2 bilhões em 2014 no Brasil

Dólar alto pode prejudicar ganhos do setor de defensivos



O setor de defensivos agrícolas faturou uma receita bruta de US$ 12,2 bilhões em 2014, informou a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). Os números divulgados representam um aumento de 4,3% ante a cifra de US$ 11,7 bilhões registrados em 2013. 


No entanto, a Andef se mantém pessimista para este ano, e avalia que a alta do Dólar frente ao Real pode prejudicar a trajetória ascendente do setor de defensivos agrícolas no Brasil. Isso porque os custos de produção para os agricultores encareceram, em especial os de fertilizantes e inseticidas, que em sua maioria são importados.

“Neste ano não vamos repetir essa marca, porque o Dólar está apreciado ante o Real. Podemos andar de lado ou ficarmos bem próximos ao valor do ano passado. 2015 é um ano de cautela”, ressalta o dirigente. Além do financeiro, ele destaca o aspecto climático como negativo: “Num tempo mais seco, há menos ocorrência de fungos e menos procura por defensivos para combate”.

Por outro lado, Daher lembra que os estoques de fertilizantes e defensivos no Brasil permanecem esvaziados, o que pode levar os produtores às compras. “Acredito que o único produto cuja cotação pode subir menos é o fertilizante nitrogenado. Esse movimento é explicado pela queda do valor do barril do petróleo no mercado internacional”, ressaltou.


Os preços das commodities no mercado global também são citados como influências negativas para o setor de agroquímicos. “O valor da commodity determina como o produtor cuidará de sua lavoura. Se o preço cai, eles investem menos, caso da cana e da laranja, e acabam comprando produtos de menor valor. Mas se os preços sobem, há um investimento maior na lavoura, decorrendo em aumento de produtividade, caso da soja", explicou.
 

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