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Confiança do Agronegócio tem o pior resultado desde 2013

Confiança do setor no primeiro trimestre deste ano caiu para 85,5 pontos


O Índice de Confiança do Agronegócio (IC Agro), medido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), apurou uma queda de oito pontos na passagem do quarto trimestre de 2014 para o primeiro trimestre de 2015. Com isso, registra o pior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada no último trimestre de 2013.

A confiança do setor no primeiro trimestre deste ano caiu para 85,5 pontos, contra 93,5 pontos do trimestre do anterior. Se comparado com o mesmo período em 2014, a queda é ainda maior, de 17,2 pontos. A sondagem, divulgada pelas entidades ontem, também apurou o menor patamar da série histórica na confiança de todos os elos da cadeia: a indústria antes da porteira (insumos agropecuários), depois da porteira (alimentos) e os produtores agrícola e pecuário.

Um dos poucos setores a apresentar desempenho positivo nos últimos anos, apesar dos reflexos negativos gerados pela crise econômica, o agronegócio agora demonstra maior preocupação em meio a um cenário político e econômico conturbado no país. Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o produtor já começa a olhar o efeito do câmbio nas aquisições de insumos agropecuários e uma possível piora na relação de troca, já que os preços das commodities, especialmente os grãos, apresentaram queda nos mercados internacionais.

“Outro aspecto importante é a constatação de que, apesar da vocação exportadora, o setor não está alheio à crise econômica enfrentada pelo Brasil, uma vez que o nosso mercado doméstico é o mais importante vetor de crescimento para uma série de produtos do agronegócio”, explica.

PREOCUPAÇÕES – No primeiro trimestre de 2015, 48% dos entrevistados afirmaram que as condições climáticas e o aumento dos custos de produção são os itens que mais preocupam os produtores, o que está em linha com o resultado anterior, quando essas duas variáveis também foram as mais mencionadas. A alta incidência de pragas e doenças teve aumento de seis pontos, passando para o terceiro lugar no ranking das preocupações, enquanto a falta de trabalhador qualificado e o preço de venda do produto, com 23% e 19% das menções, respectivamente, seguem apontados de forma relevante.

INVESTIMENTO – O IC Agro também apura as intenções de investimento do agronegócio brasileiro. Na sondagem atual, 68% dos produtores agrícolas informaram que pretendem investir mais em tecnologia. Enquanto isso, 73% dos produtores pecuários afirmaram que pretendem direcionar a maior parte dos investimentos para avanços tecnológicos.

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