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Agricultores familiares recebem sementes de milho e feijão biofortificados

Sementes de milho e feijão biofortificados


Agricultores familiares dos municípios de Padre Marcos, Paulistana, Picos e Pio IX, na região Sudeste do Piauí, receberão sementes de feijão-caupi BRS Aracê e de milho BRS 4104, desenvolvidos pela Embrapa. As sementes foram enviadas dia 16 de dezembro para os agricultores beneficiários do Plano Brasil sem Miséria (PBSM), uma ação do Governo Federal, no Território da Cidadania Vale do Guaribas, no Piauí.

A estratégia da Embrapa é que as sementes beneficiem, diretamente, aproximadamente 40 famílias, e que a partir das unidades de cultivos, chamadas “Unidades de Aprendizagem”, outras famílias e técnicos da região tenham como conhecer e discutir aspectos da condução dos cultivos que permitam uma natural difusão dessas sementes pelo território.

Os produtos biofortificados são selecionados a partir das cultivares desenvolvidas pela Embrapa, onde foram escolhidas as que apresentam maiores teores de ferro, zinco e vitamina A. Não são organismos transgênicos e nem híbridos, podendo ser plantados novamente na safra seguinte, dando autonomia aos produtores do Semiárido. 

Para o analista da Embrapa Meio-Norte José Câmara, que coordena o projeto BSM no Território da Cidadania Vale do Guaribas, a utilização de sementes biofortificadas é uma alternativa importante para as famílias do PBSM, pois além de serem ricas em nutrientes, possibilitam uma boa produtividade. Já o responsável pela transferência de tecnologia do projeto Biofort em rede nacional, analista Marcos Jacob, também da Embrapa Meio-Norte, observa que esta ação representa uma expansão do cultivo de produtos biofortificados no Estado do Piauí, desta vez beneficiando uma parcela dos produtores que antes do BSM não tinha acesso a estas sementes.

O supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio-Norte, Robério Sobreira, esclarece ainda que existe cuidado pela equipe do projeto para que a chegada de produtos biofortificados não interfira na diversificação das atividades dos agricultores, mas que se apresente como mais uma possibilidade de plantio. “É da maior importância que sejam mantidas outras espécies vegetais e animais dos produtores, bem como as sementes de milho e feijão já cultivadas por estes agricultores, buscando-se com isto o alcance da autonomia alimentar e nutricional, mas também a manutenção das tradições e dos recursos genéticos locais”, conclui.

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