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Benzoato de emamectina não deve ser usado contra Helicoverpa na próxima safra

“Não há solicitação de importação emergencial neste momento"



Os produtores brasileiros não devem utilizar o benzoato de emamectina na próxima safra contra a Helicoverpa armigera. A informação surgiu na 2.ª Reunião Técnica Nacional sobre Pesquisa com Agrotóxicos, realizada em Curitiba com a participação de 100 empresas de 15 estados brasileiros, além de fiscais de órgãos públicos.


“Não há solicitação de importação emergencial neste momento [...] O que indicamos é o monitoramento e a aplicação controlada dos produtos, na menor dose necessária”, afirmou Júlio Sérgio de Britto, coordenador geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao jornal Gazeta do Povo.

De acordo com Britto, existem cerca de 40 produtos técnicos registrados para combater a Helicoverpa armigera. Incluem formulações químicas, vírus, ferormônios e até sementes transgênicas com tecnologia Bt (que eliminam lagartas).

O Mapa só libera a importação de benzoato de emamectina em casos de emergência fitossanitária, e mesmo assim apenas dois estados brasileiros acabaram usando o produto nesta safra (Mato Grosso e Bahia). 

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) afirma que o inseticida Benzoato de emamectina “pode ser mais uma opção de produto para o controle de Helicoverpa armigera. Porém, é preciso considerar que existem pelo menos outros 24 produtos registrados emergencialmente, pelo Mapa para o controle dessa praga”. 


“Estudos da Embrapa, realizados na cultura da soja, indicam que no mínimo cinco moléculas apresentam eficiência satisfatória quando aplicados em pulverização foliar nas doses de registro. Tais moléculas representam oito produtos registrados distribuídos em quatro diferentes grupos químicos (Diamidas, Pirazol, Oxadiazina e Diacilhidrazina), viabilizando a rotação de produtos com diferente modo de ação para evitar que se desenvolva populações de pragas tolerantes aos inseticidas, com o passar dos anos”, diz a entidade. 

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