Climatempo prevê calor e pouca chuva no interior potiguar
Estiagem aumenta a venda de castanha de caju no Rio Grande do Norte
Como em todo local, a castanha de caju tem o seu momento de colheita que pode variar de região para região. Em alguns lugares sua colheita acontece exatamente de julho até setembro. Já no agreste litorâneo vai de outubro a fevereiro.
Neste ano, devido à estiagem que invade o interior do Rio Grande do Norte, a venda de castanha de caju orgânica cresceu 30%. Desse modo, provou-se que a castanha de caju, uma planta nativa natural da região, tem um bom desenvolvimento na seca e que o clima foi fator principal para o aumento da colheita da planta no RN.
Já para outras culturas existentes, como a pecuária e para lavouras de sequeiros, como milho, feijão e mandioca, a mudança para um clima mais seco pode ser crucial para a vida do agricultor. Segundo Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, os próximos quinze dias vão ter pouca ou nenhuma chuva no interior do Rio Grande do Norte: “O litoral leste potiguar deve registrar chuva por vezes frequentes com acumulados de até 50 milímetros”.
Sendo assim, é possível ver uma mudança no modo de fazer agricultura no Rio Grande do Norte, pois esse período de seca que dura três anos tem feito muitos agricultores modificar sua rotina de plantio. Para a engenheira agrônoma Paloma Damaceno de Araújo, o ideal é conscientizar o produtor da importância de planejar a produção e da aplicação de técnicas que proporcionem uma produtividade maior para a convivência com a estiagem.
Para se livrar de pragas que podem ser prejudiciais para o cultivo de castanha e de outras safras no RN, Paloma de Araújo faz o seguinte alerta aos agricultores: “Para se livrar da mosca branca, a principal praga que atinge os cajueiros da região, o primeiro passo é combater com defensivos naturais, que dependem de uma boa pluviosidade no inverno. E o ideal é adubar e fazer podas após as colheitas e antes do período chuvoso”, afirma.