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Com destaque para o algodão, PIB do setor tem alta de 1,22% no quadrimestre

Batata, cebola, fumo e tomate, porém tiveram desempenho negativo



O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio, estimado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), cresceu 0,42% em abril, acumulando expansão de 1,22% no dos quatro primeiros meses do ano. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (23.07) pela CNA, foi influenciado, principalmente, pelo segmento primário, que registrou crescimento de 2,48% no quadrimestre.

O desempenho só não foi melhor porque o segmento da indústria apresentou recuo de 0,2% no mês, limitando os ganhos do PIB do agronegócio. No mesmo período de 2013, o segmento da indústria cresceu 1%. As indústrias da madeira e mobiliário, elementos químicos, beneficiamento de produtos vegetais e laticínios foram as que apresentaram as quedas mais expressivas na comparação com abril do ano passado.

O ramo da agricultura apresentou expansão de 0,27% em abril, acumulando, no ano, alta de 0,70%. O segmento primário registrou crescimento mais expressivo: 2,21% de janeiro a abril. O algodão destaca-se entre os demais produtos, com crescimento de 35,29% no faturamento acumulado, alta que reflete o aumento da produção e a elevação dos preços. Apesar do cenário positivo para 2014, o faturamento recuou em abril em função do posicionamento das indústrias têxteis que não adquiriram lotes para entrega imediata.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), alguns fatores influenciaram a decisão de plantio dos cotonicultores. Entre eles, a melhora dos preços internos em 2013, reflexo da restrição da oferta, a elevação das cotações internacionais e as atuais cotações das commodities concorrentes, em especial o milho. Em relação aos preços, o movimento altista no quadrimestre continuou refletindo a retomada da demanda interna, a queda na oferta mundial e o recorde nos estoques finais.

Por outro lado, o desempenho de alguns produtos foi negativo no ano. Batata (16,60%), cebola (30,05%), fumo (4,32%), milho (11,14%) e tomate (24,76%) foram as culturas que apresentaram retração do faturamento esperado para 2014. No caso da cana-de-açúcar, a retração foi de 6,26% em função da queda de 8,06% na comparação entre os quadrimestres. Ainda há, no entanto, expectativa de crescimento devido à expansão da área cultivada nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, onde se concentra o maior número de novas usinas. 

Pecuária - A pecuária, por sua vez, cresceu 0,77% em abril e registrou avanço de 2,39% no acumulado de 2014. Embora todos os segmentos tenham mantido desempenho positivo no período, o primário apresentou a variação mais expressiva, com crescimento de 2,83%. Para o conjunto das atividades pecuárias, os preços e a produção também registraram expansão: média de 1,92% e 7,15%, respectivamente.

As atividades que se destacaram foram bovinocultura, produção de ovos e atividade leiteira, que, no período, acumularam crescimento de 15,64%, 12,34% e de 19,56%, respectivamente. A suinocultura também cresceu, mas de forma modesta (1,95%). Por outro lado, a atividade avícola foi a única a recuar, com queda de 6,90%. Considerando-se as atividades industriais, o crescimento no quadrimestre foi de apenas 0,27%.

Pesou neste resultado, o desempenho do segmento de base vegetal, que no balanço do período permaneceu estável. Entre as 10 atividades acompanhadas, apenas duas cresceram: papel e celulose, com taxa de 0,24%; e elementos químicos/etanol, com taxa de 2,11%. Já nas atividades de base animal, com o crescimento nas três atividades acompanhadas, a expansão chegou a 2,06%, impedindo, assim, que a agroindústria registrasse taxa ainda menos expressiva.

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