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Entidades fazem encontro para tentar melhorar uso da hidrovia do rio Paraguai

Comando da 6º Distrito Naval avalia que indústria e governo subutiliza sistema


Um fórum promovido pela Marinha do Brasil durante toda a quinta-feira (26) serve de palco para discutir a criação de zonas especiais de exportação e importação utilizando a hidrovia do Rio Paraguai. Nesse encontro, o 6º Distrito Naval, de Ladário, reúne setor público e privado para ressaltar como a hidrovia está sendo subutilizada. Haverá discussões também nesta sexta-feira (27).

"A hidrovia do Rio Paraguai é considerada fundamental para o desenvolvimento do Mercosul, mas atualmente, essa bacia é subutilizada quanto ao transporte de cargas. O transporte no Rio Paraguai é limitado a um pequeno fluxo de commodities, principalmente minérios e açúcar", analisou o comando do 6º Distrito Naval, em nota oficial distribuída pelo governo do Estado.

Na avaliação do comando, o transporte de soja, farelo de soja e milho também poderiam ser feitos. Para efetivar essa mudança, é preciso que empresas e governo do Estado implemente ações.

Participante do fórum realizado nesta quinta-feira (26), o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, disse que é preciso estruturar um terminal portuário em Corumbá, cidade que fica às margens do Rio Paraguai e distante 417 quilômetros de Campo Grande.

“Nós fizemos uma ampla discussão sobre as hidrovias do Estado. Acreditamos que a hidrovia tem um grande potencial e pode ajudar no desenvolvimento do Estado. Temos que desenvolver a parte da hidrovia como fizemos no terminal portuário de Porto Murtinho. A ativação do porto está movimento a economia e aqui em Corumbá queremos o mesmo desenvolvimento”, afirmou o secretário.

O fórum "Rumos da Hidrovia: ações para o desenvolvimento sustentável do transporte no Rio Paraguai" aconteceu no Nacional Palace Hotel, em Corumbá, durante toda a quinta-feira (26)

A Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul participa do evento para destacar a atual situação do setor industrial e os desafios para a próxima década. O presidente da entidade, Sérgio Longen, é o palestrante do tema.

Outros participantes do encontro são Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso (Famato), Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul ), Comisión Permanente de Transporte de la Cuenca del Plata (CPTCP), Federação Nacional dos Trabalhadores no Transporte Aquaviário (FNTTAA), representantes do Ministério das Relações Exteriores, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Ibama e Marinha do Brasil.

As resoluções desse fórum, que só termina na sexta-feira (27), serão divulgadas posteriormente.

NÚMEROS

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) divulgou no evento que, somente o Estado de Mato Grosso, tem uma movimentação atual de grãos de 27,5 milhões de toneladas (equivalente a 14,9% da produção) e um potencial para 40,3 milhões de toneladas (cerca de 60% da produção).

A movimentação atual de grãos gira em torno de 200 mil toneladas, sendo que a capacidade de transporte de grãos é de 3 milhões de toneladas. Avaliado como um todo, o transporte hidroviário na bacia tem capacidade de carregar até 15 milhões de toneladas, caso fossem feitos os investimentos em dragagens/derrocamentos e sinalização.

A hidrovia do Paraguai transporta hoje, principalmente, minérios e açúcar, segundo dados do Ministério dos Transportes.

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