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Malha rodoviária: Faep discorda de projetos propostos


A pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela CNT aponta 139 projetos necessários para melhorar o escoamento da soja e do milho no Brasil - poucos deles no Paraná. O custo total estimado é de R$ 195,2 bilhões. No setor rodoviário, o estudo sugere a duplicação de duas estradas: a BR-153, de General Carneiro a União da Vitória; e a BR-476, de Araucária a Paula Freitas. Prevê também a implantação de faixa adicional na BR-487, em dois trechos: de Campo Mourão a Iretama e de Nova Teba a Iretama.

A CNT sugere três projetos ferroviários: a construção da Norte-Sul no Estado, entre Santo Inácio e Vitorino, e de outra ferrovia ligando o Mato Grosso do Sul ao Paraná, além da duplicação do ramo ferroviário entre Curitiba e Paranaguá. Ainda consta da lista a adequação da hidrovia do Corredor do Rio Paraná e projetos de revitalização do Porto de Paranaguá, com construção de terminais, dragagem e abertura de novos acessos rodoviários.

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) acredita que parte dos projetos listados pela CNT não são prioritários. É o caso, por exemplo, das duplicações das Brs 153 e 476. Para o economista da entidade, Nilson Hanke de Camargo, duplicar o trecho entre União da Vitória e São Mateus do Sul é bem mais importante para o escoamento de grãos. Duplicar todo o Anel Rodoviário – hoje sob concessão – é outra prioridade, na opinião dele. "Ainda os 40 quilômetros que faltam da BR 116, entre Curitiba e São Paulo".

Em relação às ferrovias, Camargo considera importante a que vai ligar Maracaju (MS) a Paranaguá, cortando o oeste e a região central. E também uma nova linha férrea da capital ao porto. Já a Norte-Sul, prevista para cortar Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, até o Porto de Rio Grande, é dispensável segundo a Faep. "Não agrega nada para nós". Sobre hidrovias, ele afirma que o agronegócio do Paraná não tem "interesse algum" em projetos desse modal.

Em relação às obras do Porto de Paranaguá, previstas no projeto, são fundamentais para melhorar a exportação de soja e milho, segundo ele. Além da dragagem, da construção de novas estruturas internas, o economista ressalta que será muito importante construir novos acessos rodoviários. "Hoje, é muito complicado chegar a Paranaguá no pico da safra. A concentração de caminhões na BR 277 é muito grande." (N.B.)

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