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Frango vivo: relação de preços com suas principais matérias-primas

Recuo de mais de 25% dos preços do milho



Com o recuo de mais de 25% dos preços do milho no curto espaço de quatro meses, caiu também a pressão que essa matéria-prima vinha exercendo sobre o custo de produção do frango. Mas isto não significa que o poder de compra do avicultor esteja melhor que o registrado 9-10 meses atrás. Não, pelo menos, em relação ao milho e ao farelo de soja.

Tome-se como exemplo um “pacote” contendo 3 kg de milho e 1 kg de farelo de soja (aproximadamente a mesma proporção observada em uma ração para frangos). Em queda desde abril, vem custando em julho (média dos primeiros 20 dias do mês) cerca de R$2,34. Como, nesse mesmo período, o frango vivo foi remunerado por, no máximo, R$2,20/kg, seu poder de compra correspondeu a 94% do “pacote”.

Essa é, nos últimos seis meses (isto é, de fevereiro para cá), a relação de preços mais favorável ao produtor do frango. Mas apenas remete o setor ao mesmo poder de compra registrado um ano atrás (a diferença, neste caso, é mínima, de 0,017 ponto percentual), ao mesmo tempo que o mantém visivelmente aquém dos índices observados, por exemplo, no trimestre agosto-setembro de 2013, ocasião em que o frango vivo chegou a adquirir 1,17 “pacote” de milho/soja, ou seja, volume quase um quarto maior que o atual.

Frente à sazonalidade do setor, tudo indica que o fim da queda de preços das matérias-primas está próximo. Por isso, doravante, a manutenção do poder de compra do avicultor no tocante a essas duas matérias-primas fica na dependência direta da valorização do frango vivo.

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