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Inseticida biológico contra Helicoverpa atinge bom resultado, dizem produtores

Hz-NPV CCAB tem como base duas estirpes de baculovírus de Helicoverpa



Desde que a Helicoverpa armigera foi detectada nas lavouras brasileiras, os prejuízos acumulados ultrapassam a casa dos bilhões – principalmente na cultura do algodão. As perdas são decorrentes tanto da redução da produção, uma vez que a praga ataca as partes reprodutivas (flores e vagens nas culturas da soja e do feijão; flores e maçãs no algodoeiro e espigas no milho), quanto no custo operacional financeiro, com o uso mais intenso de inseticidas e máquinas.


Em função disso, diversos produtores estão buscando produtos alternativos para o controle da Helicoverpa armigera. Um deles é o inseticida biológico Hz-NPV CCAB, que é resultado de uma formulação exclusiva tendo como base duas estirpes distintas e altamente virulentas de baculovírus de Helicoverpa.

O produto está atualmente registrado emergencialmente no Brasil pelo Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB). Controla as lagartas da subfamília Heliothinae, que incluem ainda a Helicoverpa spp. e a lagarta da maçã do algodão (Heliothis virescens). Na última safra, mais de 700.000 hectares foram tratados com o Hz-NPV CCAB.

“Antes trabalhávamos dia e noite com o pulverizador e agora temos certa tranquilidade com as infestações de Helicoverpa”, comenta Rony Reimann, agricultor de Luís Eduardo Magalhães/BA. Ele recorda que antes fazia o controle somente com inseticidas químicos.

O agricultor Odacil Ranzi, também do oeste baiano, afirma que há um alto índice de eficiência associado a uma baixíssima toxidade, tanto para o ambiente quanto para organismos não alvo. “Aplicamos o vírus na soja plantada em pivô nesta safra, após 02 dias da aplicação já percebemos que as Helicoverpas já haviam parado de comer e a partir do quarto dia começaram a morrer”, comemora.


Em Campo Verde (MT) o agricultor Alexandre Bottan vai para a segunda safra utilizando o vírus: “Testamos o produto na safra passada com ótimos resultados, este ano já começamos a nos deparar com o surgimento das primeiras lagartas aqui na região de Campo Verde, e o vírus (Hz-NPV CCAB) realmente tem se mostrado uma ferramenta de controle imprescindível neste início de ciclo”.

O engenheiro agrônomo, Celito Breda, que também é consultor e produtor rural, explica que “mesmo em lavouras Bt’s, principalmente no algodão Bt 1, tem se mostrado necessário o seu uso. Nestes casos poderemos encarar o Hz-NPV CCAB tanto como ferramenta de controle efetivo como ferramenta de manejo da resistência das lagartas que eventualmente escapem da ação das proteínas Bt.”, explica Breda. 

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