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Inseticida paraguaio é apreendido em propriedades em Mato Grosso

O descarte das embalagens é outra preocupação, já que produtos irregulares acabam não tendo o destino correto


O descarte das embalagens é outra preocupação, já que produtos irregulares acabam não tendo o destino correto

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) apreendeu 118 volumes do inseticida Benzoato de Emamectina, usado para o controle de larvas de lagartas. O produto tinha rótulo do Paraguai e, portanto, não era autorizado para utilização devido ao desconhecimento da procedência e composição. A quantidade, suficiente para tratar cerca de 1.500 hectares de soja, foi apreendida na região do Vale do Araguaia durante fiscalização de rotina. Os 118 volumes correspondem a 13,9 litros do produto.

Além de ser contravenção, a venda de produtos importados sem autorização também representa crime ambiental. “Não sabemos sobre os resíduos que ficam com a aplicação desse produto, uma vez que não se sabe a sua composição. Pode causar prejuízos de intoxicação tanto para o trabalhador quanto para a agricultura”, explicou Thiago Tunes, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal do Indea.

A fitotoxidez é outro problema que pode afetar as plantas cultiváveis, prejudicando o seu desenvolvimento. Pode ser desencadeada por fungos, insetos e bactérias que parasitam as plantas e também pela aplicação incorreta de defensivos e de adubos. Além disso, defensivos podem causar diferentes níveis de fitotoxidez, exigindo rigoroso controle.

“O controle efetivo nas propriedades rurais garante a qualidade dos insumos utilizados, potencializando a produtividade de nossas culturas, garantindo a proteção do meio ambiente e a saúde do trabalhador rural, uma vez que todo produto cadastrado no Estado é rigorosamente avaliado antes de ser aprovado para comercialização”, destacou Renan Tomazele, fiscal do Indea-MT.

Renan destaca que o trabalho conjunto com outros órgãos dentro do território mato-grossense tem possibilitado a continuidade dos processos investigativos para redução e punição dos infratores que, ao adquirirem produtos ilegais ou contrabandeados, colocam em risco todo o sistema produtivo, inserindo produtos proibidos no país e acelerando o processo de resistência das pragas agrícolas.

“As fiscalizações serão potencializadas no período da safra, e com o apoio da indústria química e do setor produtivo serão organizadas campanhas de combate à utilização de agrotóxicos ilegais”, afirmou Tomazele. Entre janeiro e julho deste ano, o Indea realizou 6.349 fiscalizações em todo o estado. O descarte das embalagens é outra preocupação, já que produtos irregulares acabam não tendo o destino correto, em uma tentativa de encobrir o produto clandestino.

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