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Manejo de pragas com sementes modificadas é tema de palestra em Uberlândia

Palestra vai tratar de passos importantes como monitoramento de pragas


Aumentar a eficácia e melhorar os resultados no cultivo de milho, soja e algodão com o uso sementes geneticamente modificadas (plantasBt) é o objetivo de uma palestra gratuita que será realizada nesta quarta-feira (23.04), em Uberlândia. A abordagem principal do evento é o manejo integrado de pragas, possibilitando a racionalização do uso de defensivos, bem como a proteção do potencial de rendimento da lavoura. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) e faz parte da Campanha Nacional de Conscientização Boas Práticas Agronômicas em Biotecnologia.

De acordo com o palestrante, o entomologista José Magid Waquil, a palestra vai tratar de passos importantes como o monitoramento de pragas, a rotação de culturas, o controle de plantas daninhas e voluntárias, o tratamento de sementes, a implementação de áreas de refúgio e o uso de controle químico quando necessário. “O agricultor, ao conhecer o funcionamento da tecnologia, vai saber a melhor estratégia a ser usada no combate às pragas e vai tirar o maior benefício.”

Ele disse também que as seis práticas são importantes. “O monitoramento de pragas na lavoura deve ser corriqueiro porque com isso, o agricultor avalia os danos e prejuízos que podem estar ocorrendo e define o momento da aplicação de inseticida, reduzindo as perdas.”

Outro aspecto abordado por Waquil foi o planejamento de rotação de culturas em que o agricultor deve priorizar a eficiência da produção. “Às vezes, um ganho de 10% em uma commodity resulta na perda de 20% na eficiência da produção”, afirmou.

Genes de bactéria na planta exercem ação inseticida

As plantasBt (Soja Bt, Milho Bt e Algodão Bt) são obtidas por meio de ferramentas biotecnológicas. Elas permitem a inserção de genes específicos da bactéria Bacillus thuringiensis, os quais promovem a expressão de proteínas com ação inseticida durante o ciclo da cultura.

Segundo o entomologista José Magid Waquil, ao serem ingeridas pelas lagartas, essas proteínas se ligam na parede do intestino, causando danos ao sistema digestivo e levando as lagartas à morte.

Ele disse que, mesmo com a produção contínua das toxinas ao longo do ciclo, as plantas Bt podem não controlar todas as pragas existentes, pois, na população, podem existir indivíduos naturalmente resistentes. “Daí a importância do manejo integrado, que associa o ambiente e a dinâmica populacional da espécie utilizando todas as técnicas e métodos apropriados para manter a população da praga em níveis abaixo daqueles que ocasionam dano econômico.”

Serviço

Palestra sobre Manejo Integrado de Pragas
Entrada Gratuita
Quarta-feira (23) – 19h
Local: Comfort Hotel Uberlândia
Endereço: Avenida Governador Rondon Pacheco, 5.455 Uberlândia – MG

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