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Mato Grosso não deve expandir área de soja na próxima safra?

Previsão é de contração de PIB no Brasil



Com bancos e consultorias prevendo uma contração de PIB no Brasil: de -0,5% a -2%, esta seria a mais severa crise econômica que o País enfrentou nos últimos 25 anos. Por outro lado, o setor agrícola não seria tão prejudicado como outros segmentos, especialmente produção de automóveis, construção civil e petróleo, aponta reportagem do
Agriculture.com assinada pelo correspondente Luís Vieira.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, confirmou uma consequência da crise que muitos produtores já esperavam. A média de taxas de juros para o produtor deve subir de 6,5% para 8,5% a partir dos contratos de Junho. Isso levou alguns analistas a preverem que a superfície de soja e milho não crescerá na próxima safra, mesmo no Mato Grosso. O maior estado produtor de soja não teria expansão de área pela primeira vez em muitos anos.

Um dos economistas mais respeitados do país, Alexandre Mendonça de Barros, da consultoria MB Agro (São Paulo), fez a seguinte previsão: “Até agora, a recessão tem ajudado os produtores. Eles compraram insumos com um real forte. Como a economia se enfraqueceu, o Real desvalorizou contra o Dólar. Agora, eles estão lucrando com a colheita. Mas para a próxima safra o crédito tende a ser escasso e mais caro”, resumiu Mendonça de Barros.


Quando o Real se desvaloriza em comparação ao Dólar, os sojicultores recebem melhor mesmo quando o valor da oleaginosa no mercado internacional está estável. Quando o contrário acontece, os produtores recebem menos no mercado exportador.

Na terça-feira, o Dólar fechou a R$ 3,13. Em outubro de 2014, durante a época de plantio no Brasil, o Dólar valia R$ 2,30. O economista acrescentou que não haverá uma variação significativa do preço da oleaginosa porque os investidores não devem ter o mesmo olhar sobre as commodities como antes, o que beneficia os Estados Unidos e prejudica os países emergentes. 

"O mundo voltou ao status pre-2008 com os Estados Unidos voltando a ser a economia que empurra tudo", explicou o especialista.

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