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Ministério acata pedidos levados pela Famato

O Plano Agrícola Pecuário (PAP) de 2016, que entra em vigor no dia 1º de julho, passa a atender requisitos pleiteados pelos produtores rurais de MT, por meio da Famato.


O Plano Agrícola Pecuário (PAP) de 2016, que entra em vigor na próxima sexta-feira, 1º de julho, passa a atender requisitos pleiteados pelos produtores rurais de Mato Grosso, por meio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato). O chamado extra-teto, volume de recursos cedido acima do limite por CPF no custeio, e a reavaliação dos preços mínimos para as culturas com valores melhores foram sinalizados positivamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta terça-feira (28.06), durante visita do presidente do Sistema Famato/Senar, Rui Prado, ao órgão federal.

Recebido pelo ministro Blairo Maggi e pelo secretário de Políticas Agrícolas do Ministério, Neri Geller, Prado apresentou pontos cruciais ao PAP, também conhecido como Plano Safra, para melhorar a atividade agropecuária em Mato Grosso e no país.

“Nós conversamos com o ministro Blairo Maggi e o secretário Neri Geller tratando de algumas pautas, como recursos para a agricultura. Sabemos que os limites de crédito para custeio por CPF não abrangem uma boa parte dos produtores de Mato Grosso. Então, nós pedimos, e o governo acenou positivamente, a volta dos recursos chamados de extra-teto. São recursos com juros maiores, mas o montante a ser financiado vai de acordo com a negociação com o agente financeiro”, esclareceu o presidente da Famato, informando que, para o extra-teto, o juro é de 12,5%. O limite por CPF será de R$ 1,32 milhão no novo plano. Acima disso, o acesso é ao extra-teto.

Quanto aos preços mínimos, que hoje estão defasados, na avaliação do representante dos produtores rurais, o governo sinalizou que irá melhorar os valores. “Embora ainda não tenham definido o valor para o preço, ele sinalizou positivamente”. No caso do milho, por exemplo, o mínimo praticado hoje em Mato Grosso é de R$ 13,56 por saca. O pleiteado pelo setor é de R$ 18,09/sc.

Outro pedido apresentado, mas que não obteve resposta positiva do governo federal, foi quanto à subvenção ao prêmio do seguro rural. O secretário Neri Geller informou ao presidente que não existem recursos para prover esse subsídio. “Eles estão dizendo que os recursos são poucos e a subvenção ao seguro está comprometida. Eles vão estudar o caso”, informou.

Rui Prado ainda ponderou sobre a necessidade de os recursos do Plano Safra serem liberados na data prevista, próxima sexta-feira, tendo em vista que, caso haja atraso, a produção agropecuária possa vir a ficar comprometida e gerar maiores preços. “As afirmações foram precisas, mas dizem que ainda faltam algumas negociações com o Ministério da Fazenda. Porém, nós produtores esperamos que, a partir de 1º de julho, já esteja o Plano Safra na rua. Do contrário, qualquer atraso vai gerar menos produção e maior preço ao consumidor”, acrescentou.

O momento de crise econômica que o país enfrenta foi uma das justificativas do governo para não rever as taxas de juros do Plano Safra, outro pedido feito pelo representante do setor em Mato Grosso. “A atividade agropecuária exige juros menores, então, nós continuamos pedindo isso e espero que o governo tenha a sensibilidade de fazer os investimentos que precisam ser feitos nesse momento na agricultura”, comentou.

PLURIANUAL – A adoção de um plano safra que ultrapasse as mudanças de gestão e governo no país, um plano plurianual da agropecuária, também foi uma das ideias apresentadas pelo presidente da Famato à cúpula do Ministério da Agricultura. O ministro Blairo Maggi informou que algo está sendo estudado nesse sentido. “ Vamos estudar isso este ano”.

Na lógica de planejamento do setor agropecuário de Mato Grosso, aproveitando que estava acompanhado do superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca, Prado explicou o projeto de inovação tecnológica que o Sistema está desenvolvendo. A proposta é juntar pesquisadores, investidores, entidades e produtores para formarem atores de um movimento em prol da produção de tecnologia e soluções voltadas ao campo a partir de Mato Grosso. A ideia é embrionária, mas foi vista com bons olhos no Mapa.

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