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Porto de Paranaguá registra recorde no embarque de soja

Ao todo, foram embarcadas no período 1,476 milhão de toneladas da oleaginosa


Com novos shiploaders, 1,476 milhão de toneladas da oleaginosa foram destinadas ao exterior em abril, 6% a mais se comparado ao mesmo período de 2014

O Porto de Paranaguá bateu em abril um novo recorde nas exportações de soja. Ao todo, foram embarcadas no período 1,476 milhão de toneladas da oleaginosa, 2% a mais se comparado a março e 6% superior se comparado ao mesmo período do ano passado. De acordo com informações da Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), a implantação de dois novos carregadores de navios (shiploaders), ajudaram a agilizar o processo de escoamento, o que permitiu a conquista desse recorde.

De acordo com a administração do porto, esses novos equipamentos possuem uma capacidade nominal de carregamento 33% maior em relação aos antigos shiploaders. Com isso, segundo o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, o corredor de exportação do porto aumentou a velocidade de operação de 1,5 mil para 2 mil toneladas de soja embarcadas por hora. Segundo o dirigente, a Appa está montando mais dois carregadores que deverão começar a operar ainda em agosto deste ano.

Segundo a associação, foram investidos R$ 59 milhões na aquisição dos equipamentos. O investimento, segundo a administração do porto, faz parte de um pacote de R$ 511 milhões aplicados em Paranaguá. No mês de abril, mais de 37 mil caminhões com soja chegaram a Paranaguá. No acumulado dos quatro meses do ano, já foram embarcadas 2,8 milhões de toneladas da oleaginosa, 1,5 milhão de toneladas de farelo e 871 mil toneladas de milho.

Vale lembrar que as commodities agrícolas que chegam ao Porto de Paranaguá têm origem não só do Paraná, mas também de outros estados, principalmente do Centro-Oeste do País, como Mato Grosso, maior produtor do grão no Brasil.

Na contramão
De janeiro a abril deste ano, o Paraná embarcou para o exterior 2,3 milhões de toneladas de soja, contra 3,3 milhões de toneladas encaminhadas no mesmo período do ano passado, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Marcelo Garrido, economista do Deral, afirma que a queda das exportações da oleaginosa no Paraná se deve à retração das vendas por parte dos produtores. O especialista lembra que quando os preços do dólar frente ao real estavam registrando sucessivas altas nos primeiros meses do ano, muitos agricultores seguraram as vendas à espera de um aumento ainda maior da moeda norte-americana. Depois que o dólar começou a cair, os produtores começaram a intensificar a comercialização da soja referente ao ciclo 2014/15.

Em abril, o valor da saca de soja recebido pelo produtor foi de R$ 57,57, ante R$ 58,87/sc em março e R$ 61,83/sc em abril de 2014. O Paraná produziu na safra 2014/15 um total de 16,88 milhões de toneladas da oleaginosa, 16% a mais se comparado ao mesmo período do ciclo anterior. Além do clima favorável ao cultivo da soja na última safra verão, o aumento de área de 4% em relação ao período 2013/14 colaborou para o aumento na produção de soja.

Garrido afirma que, até abril, 13% da soja produzida na safra 2014/15 tinha sido exportada. O economista não soube dizer o quanto dessa produção foi escoada pelo Porto de Paranaguá, já que esse dado é difícil mensurar. Mas ele acredita que a maior parte da soja produzida em solo paranaense seja destinada ao exterior pelo porto do Paraná. O porto de Santos, em São Paulo e o de Itajaí, em Santa Catarina, também recebem a soja paranaense.

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