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RS registra maior safra agrícola da história

Pela primeira vez, Rio Grande superou barreira de 30 milhões de toneladas



Depois do resultado expressivo da safra passada, o Rio Grande do Sul irá atingir um novo patamar na produção de grãos. Com base no levantamento realizado pela Emater/RS-Ascar neste mês de abril, a safra agrícola 2013/2014 supera a barreira de 30 milhões de toneladas, podendo alcançar 30,7 milhões de toneladas. A maior safra gaúcha era a de 2011, quando foram colhidas 28,6 toneladas. “Pela primeira vez o Rio Grande supera a barreira de 30 milhões de toneladas. É bom ver que as ações do nosso governo dão o suporte necessário para que o setor produtivo atinja resultados tão expressivos”, comemorou Tarso Genro ao mencionar o Plano Safra Gaúcho, Mais Água Mais Renda e as políticas de apoio à Agricultura Familiar como algumas das ações fundamentais para a conquista.

Com uma área total cultivada de 8,16 milhões de hectares, deve haver um crescimento na produção de aproximadamente 9,2% em relação à safra anterior, ou seja 2,5 milhões de toneladas a mais. O que representa um impacto de R$ 24,1 bilhões na economia. 

Como a colheita ainda não foi totalmente concluída, os fatores climáticos ainda podem fazer pequenas alterações nos números finais dessa safra. Ao comparar a expectativa atual com a safra passada, apresentam-se os seguintes resultados por cultura: 

Soja – Aumento de 5,46% na área cultivada (4,98 milhões ha); aumento de 3,57% na produção (13,21 milhões t) e redução de 1,78% na produtividade (2,65 mil kg/ha). Impacto econômico de R$ 13,69 bilhões. 

Milho – Redução de 9,92% na área cultivada (932,04 mil ha); redução de 0,78% na produção (5,30 milhões t), mas aumento de 10,13% na produtividade (5,69 mil kg/ha). Impacto econômico de R$ 2,23 bilhões. 

O Estado plantou, também, cerca de 350 mil hectares com milho destinado à produção de silagem. Deve-se colher aproximadamente 12,4 milhões de toneladas de massa verde destinada à produção leiteira. Aproximadamente ¼ da área total dos dois tipos de milho (grão e silagem – 1,25 milhão ha) foi cultivada com sementes oriundas do Programa Troca-Troca do Governo do Estado. 

Arroz – Aumento de 2,89% na área cultivada (1,11 milhão ha); aumento de 8,25% na produção (8,77 milhões t) e aumento de 5,21% na produtividade (7,88 mil kg/ha). Impacto econômico de R$ 5,97 bilhões. 

Feijão 1ª Safra – Redução de 5,11% na área cultivada (50,21 mil ha), aumento de 15,42% na produção (78,41 mil t) e aumento de 21,64% na produtividade (1,56 mil kg/ha). Impacto econômico de R$ 182,25 milhões. 

Feijão 2ª Safra – Aumento de 20,59% na área cultivada (23,34 mil ha); aumento de 32,59% na produção (35,15 mil t) e aumento de 9,45% na produtividade (1,50 mil kg/ha). Impacto econômico de R$ 81,71 milhões. 

A safra do trigo teve aumento de quase 80% na produção (3,35 milhões t). Impacto econômico de R$ 1,96 bilhão. 

O bom resultado do levantamento dos dados - colhidos entre 7 e 14 de abril de 2014 - se deve a criação de políticas públicas que garantem ao produtor acesso a crédito abundante (com baixa taxa de juros) e a programas diversos. “Dessa forma, os agricultores investem em novas tecnologias, como implementos, insumos e máquinas mais eficientes no preparo do solo e que facilitam e agilizam o trabalho no campo, até mesmo nas pequenas propriedades rurais. E também investem no melhoramento genético, como o do arroz, realizado pelo Irga”, ressaltou o presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar Lino De David. 

De Davi destaca que o Governo também garantiu a ampliação de recursos para a assistência técnica e extensão rural, que permitiu disponibilizar mais conhecimento e informação, além de capacitar e qualificar cerca de 250 mil famílias de agricultores familiares em todo o Estado. 

As boas condições climáticas e normais, salvo alguns episódios isolados e pontuais de falta de água ou calor excessivo, também são responsáveis pela expectativa de safra histórica. A falta de chuvas da segunda metade de dezembro afetou algumas lavouras de milho entre Passo Fundo e Ijuí, bem como o intenso calor registrado em fevereiro, afetou mais a cultura da soja, contribuindo para uma pequena variação nessa expectativa. 

Para o presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar, Lino De David, a maioria desses fatores só estão sendo possíveis pela reestruturação das estruturas de Estado. “Como a criação da SDR, a recuperação da Emater/RS-Ascar, do Irga, da Fepagro e da defesa agropecuária do Estado, que são capazes de interferir de forma decisiva na base produtiva do Rio Grande do Sul”, avaliou.

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