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Sergipe deve produzir 792 mil toneladas de milho este ano

Produção é recorde e pode superar 2014 em quase 100 mil toneladas


Passado o mês junino, os produtores de milho de Sergipe continuam em festa: de acordo com dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), este ano a produção de milho deve alcançar a cifra de 792 mil toneladas do grão. Uma produção recorde no estado e que fomenta a economia das regiões do Semiárido, Centro Sul e Sertão, produtoras do cereal.


O governador Jackson Barreto comemora os resultados. “ Os dados do IBGE comprovam a força da nossa agroindústria. Fico feliz com a perspectiva de crescimento do interior do estado, porque isso fortalece a economia local e gera emprego e renda no campo. Nosso governo tem dado todo apoio para que esse crescimento continue”, declarou.

Em 2014, Sergipe foi o segundo maior produtor do Nordeste, com uma produção de 700 mil toneladas do grão em 148.289 hectares. Para 2015, a expectativa é que o estado mantenha a posição no ranking, disputando com a Bahia, que tem maior área plantada, e com estados do Sul e Centro-Oeste, como explica o secretário de Estado de Agricultura, Esmeraldo Leal. “Como a extensão territorial da Bahia é maior que a nossa dificilmente passaremos a Bahia como maior produtor de milho do Nordeste. Mas nossa produtividade é comparada aos estados produtores de grãos, como o Paraná. Já está claro que a produção de milho em Sergipe não é isolada. O cultivo ganha força no Semiárido, Centro-Sul e Sertão”, disse.

Desenvolvida nos municípios de Carira, Simão Dias, Poço Verde, Frei Paulo e Nossa Senhora da Glória, a cultura do milho conta com incentivos do governo para se consolidar como segmento de mercado - e não mais como atividade de subsistência. O apoio se dá através de assistência técnica por meio da Emdagro, da distribuição de sementes e da mecanização agrícola.

Este ano, foram entregues 450 toneladas de sementes de milho para 40 mil agricultores familiares. O programa é desenvolvido pelo Governo do Estado de Sergipe e o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e garante segurança alimentar e nutricional e geração de renda para as famílias que sobrevivem da agricultura familiar.

“Avançamos na produtividade porque temos sementes de qualidade, tecnologia humana e mecânica de alto nível. O governo do Estado oferece ainda horas máquina e assistência técnica nos escritórios da Emdagro. Essa soma de elementos reflete diretamente na qualidade e quantidade do milho produzido”, afirma Esmeraldo.

A produção sergipana de milho segue a estimativa do IBGE para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, a qual indica que a produção total deste ano poderá ser 201 milhões de toneladas, maior do que o previsto nas estimativas anteriores. Dados relativos ao Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) indicam que a safra nacional deverá ter produção 4,2% superior à obtida em 2014 (192,9 milhões de toneladas).


Economia

O bom desempenho do milho fomenta a economia dos municípios produtores, já que o cereal é a atividade agrícola de maior valor de produção do estado. “O crescimento da produção de milho e leite são notícias importantes porque isso dá ocupação e emprego para milhares de pessoas, gerando renda”, diz o economista e assessor do Governo, Ricardo Lacerda, destacando também a produção de leite no estado. “Segundo pesquisa do IBGE, a produção de leite de Sergipe em 2014 alcançou a quantidade de 169 milhões de litros. Um crescimento extraordinário em relação ao ano anterior. Um crescimento de 32,3 % em relação à produção de 2013. A produção de 2015 deverá superar a de 2014. Só temos números correspondentes ao período de janeiro e março, que já se mostrou 9,3% superior ao de 2014”.

UFS

Com a implantação do Campus da Universidade Federal de Sergipe no Sertão, a expectativa é que as atividades agropecuárias ganhem ainda mais força no interior. O Campus terá como foco a agricultura familiar, com um modelo de ensino diferenciado, interagindo com a realidade local. Em seu primeiro ano de funcionamento, o Campus de Nossa Senhora da Glória receberá 200 estudantes distribuídos nos cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia e de um quarto curso que ainda será definido.

“ Os municípios produtores de milho têm uma realidade econômica e social diferente atualmente. Temos uma circulação maior de renda e já registramos aumento na compra de terrenos, construção de casas e consumo de implementos agrícolas. Com o Campus do Sertão, que dialoga com a nova realidade agrícola de Sergipe, com certeza avançaremos ainda mais na produtividade”, ressalta Esmeraldo Leal.

Escoamento

A recuperação das rodovias sergipanas também tem representado um apoio fundamental, já que facilita substancialmente o escoamento de toda a produção local. No que diz respeito ao milho, a restauração da via que liga o município de Carira a Nossa Senhora da Glória favoreceu a comercialização do produto. A obra representa um investimento de R$ 21.279.972,98 em recursos estaduais.

por Agência Sergipe

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