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“Com garantia do governo brasileiro, nós podemos investir em logística”, afirma especialista chinês

China é o maior país importador de soja produzida no Brasil e demanda interna para processamento continuará crescendo


Maior importador de soja brasileira, a China foi o tema do painel “China: A Nova Era do Livre Mercado”. Para o diretor da Hopeful Group, em Chicago (EUA), Tom Lin Tan, os chineses se tornaram um país importador de soja a partir de 1996. “O volume de importação da China muda dos EUA para o Brasil e do Brasil para EUA. Mas estamos cada vez mais focados no mercado brasileiro, importando cada vez mais. Um motivo é que o preço da soja na safra brasileira é mais barato do que nos EUA. Outro motivo é que muitas empresas afirmam que a qualidade da oleaginosa no Brasil é melhor do que em outros países”, afirma Lin Tan.

Segundo o diretor, um dado que chama a atenção é que os chineses produzem aproximadamente 11 a 12 milhões de toneladas de soja, mas consomo cerca de 11 milhões do grão não processado, usado para alimentação humana como tofu e base para leite de soja. Por isso, “ todas as empresas dependem da importação de soja para fazer o processamento e abastecer a indústria”.

Além disso, a China também passou a construir plantas de processamento cada vez mais novas, aumentando a capacidade de processamento para 145 milhões de toneladas. Lin Tan conclui: “o processamento de soja continuará crescendo no país, mas ainda seremos totalmente dependentes da importação”.

Perspectiva

Para o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China (CCIBC), Charles Tang, apesar de a economia da China não estar indo tão bem, a perspectiva é que a economia continue crescendo nos próximos anos a uma taxa de 6% ao ano. “Nós podemos ajudar muito mais também trazendo mais investimentos ao Brasil. Um dos nossos principais papéis é também na logística. Se tiver a garantia do governo brasileiro, nós podemos ajudar a investir em infraestrutura. A China está com excesso de capital e precisa gastar. O governo chinês investe nas empresas que possam investir fora de suas fronteiras, como no Brasil”, afirma Tang. 

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