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“Seguro rural” e “Plano Agrícola” devem estabilizar produtores

Avaliação é de Fernando Pimentel, diretor da SNA



A liberação de R$ 390 milhões do “seguro rural”, bem como R$ 187,7 bilhões do Plano Agrícola e Pecuário 2015/16 anunciados pelo governo devem trazer “estabilidade” ao produtor rural. A avaliação é de Fernando Pimentel, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura. 


“Esse pagamento é fundamental para restabelecer a confiança no Estado, enquanto contratante de serviços. O seguro rural é fundamental para estabilidade da renda no campo, sobretudo para os pequenos produtores. A pendência financeira junto às seguradores criava um ambiente de desmotivação no setor”, explica. 

“É importante ressaltar que o Ministério da Fazenda já entendeu a dimensão e a importância da agricultura na estabilização econômica. É o setor mais resiliente às crises e o setor pelo qual o Brasil tem sido mais competitivo. O apoio ao setor sempre dá retorno ao País, pena que temos menos de 10% da área cultivada com cobertura de seguro rural”, salienta o diretor da SNA.

Para ele, a liberação do Plano Agrícola e Pecuário 2015/16 “é fundamental para recolocar a venda de insumos dentro do ritmo normal. Temos hoje em torno de 12% de atraso nas vendas de fertilizantes em relação ao ano passado. No caso de sementes e defensivos isso ainda é pior. Se a liberação chegar no campo, o que depende da boa vontade dos bancos operadores do crédito, as coisas se normalizam.”


Pimentel comenta as dificuldades enfrentadas pelos produtores. “A taxa de juros do custeio subiu em relação ao ano passado, o que deve onerar ainda mais a próxima safra, considerando o aumento nos demais itens, tais como fertilizantes, sementes, defensivos e óleo diesel”, destaca.

“Via de regra, os produtores adiam suas decisões de investimentos quando existe alguma incerteza sobre os preços, o que ocorre no momento, sobretudo no caso do milho, soja e algodão. A decisão de investir em infraestrutura e máquinas depende de uma perspectiva mais positiva de preços no médio/longo prazos”, conclui.

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