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Agricultura familiar brasileira é destaque em Roma

43ª sessão do CSA teve como principais temas o desenvolvimento agrícola sustentável para Segurança Alimentar e Nutrição (SAN)


O secretário Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), José Ricardo Ramos Roseno, participou da reunião anual do Comitê Mundial de Segurança Alimentar (CSA), ligado à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O evento aconteceu na sede da FAO em Roma, na Itália, entres os dias 17 e 21 deste mês.

O CSA é a principal plataforma internacional intergovernamental para a promoção de ações coordenadas e políticas para garantir direito à alimentação. É o único fórum das Nações Unidas em que a sociedade civil organizada participa com direito a voz e a voto. 

De acordo com Roseno, o Brasil possui uma liderança global nos temas de segurança alimentar e desenvolvimento de políticas para a agricultura familiar. “O Brasil é referência em políticas públicas para promoção da agricultura familiar. No Brasil, a agricultura familiar é produtiva, econômica e social. São aproximadamente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários brasileiros. Além disso, o setor é responsável pela base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes e responde por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional”, destaca.

A agricultura familiar brasileira também é destaque na produção de alimentos e participa efetivamente no combate à fome, já que é responsável pela produção de quase 50% dos produtos da cesta básica. “São cada vez maiores as demandas da população mundial sobre a agricultura, e o Brasil exerce um papel importante nesse cenário. Com uma população crescente, aumenta também a demanda por alimentos, e a agricultura familiar já contribui com 50% dos produtos da cesta básica no Brasil”, ressalta o secretário.

A 43ª sessão do CSA teve como principais temas o desenvolvimento agrícola sustentável para Segurança Alimentar e Nutrição (SAN), incluindo o papel dos rebanhos; a conexão de agricultores de pequena escala aos mercados; o monitoramento das Diretrizes Voluntárias para Governança da Terra - DGVT; e o Fórum sobre urbanização, transformação rural e implicações para a SAN.

Plataforma internacional de Ater
Em agenda com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, o secretário especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), José Ricardo Ramos Roseno, apresentou a proposta de criação de uma Plataforma Internacional de Ater.

“O nosso serviço público de Ater conta com mais de 16 mil extensionistas, verdadeiros agentes de transformação que aliam ação técnica e políticas públicas com o objetivo de levar desenvolvimento ao campo. Assim como o Brasil, vários países possuem experiências positivas que podem ser compartilhadas, bem como espaço para conhecer e adotar novas práticas. Para isso, sugerimos a criação de uma Plataforma Internacional de Ater, envolvendo países da América Latina, Central e do Norte”, explica Roseno.

De acordo com o secretário, a plataforma terá o objetivo de reunir as boas práticas do serviço e estimular o intercâmbio de experiências. “A função da plataforma será promover diálogo, a troca de experiências, o acesso às boas práticas de Ater, assim como gerar a capacitação de agentes e gestores de Ater e dos agricultores. A iniciativa já conta com o apoio do IICA e da Rede Latino Americana de Ater (RELASER)”, ressalta.

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