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Argentina: novo decreto não permitirá que Monsanto cobre por produtividade

Gigante de sementes terá de cobrar no ato da venda, e não na colheita de grãos


O governo argentino anunciou nesta semana que vai publicar um decreto da presidente Cristina Kirchner que surpreendentemente beneficia os produtores rurais do país. O decreto deve proibir que a multinacional Monsanto cobre pela biotecnologia através da produtividade obtida na colheita de grãos. A lei força a empresa a cobrar por semente vendida por valor fixo em contratos. Isso significa que os produtores argenitnos não precisarão mais pagar US$ 15 por tonelada de grão de soja vendida com o uso da tecnologia Intacta RR2.


Ontem, agricultores, cooperativas, coletores e corretores se reuniram na Bolsa de Comércio de Rosario com exportadores pedir que já deixem de cobrar a cláusula "Monsanto", que trata dos royalties da tecnologia da empresa. Há um mês, as comercializadoras Cargill, Bunge, Dreyfus e Vicentín começaram a cobrar a cláusula. Antes disso, já exigiam esse pagamento as empresas Compañia de Granos e ADM-Toepfer. Os exportadores dizem que correm o risco de ter a mercadoria bloqueada na Europa, caso a cláusula não tenha sido cobrada.

As entidades representativas rurais da Argentina elogiaram a decisão da presidente Cristina Kirchner e orientam a todos os produtores a pedirem que já não seja feita a cobrança da cláusula, ainda que o decreto não tenha sido publicado até o momento.

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