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Berço da soja contabiliza perda por causa da ferrugem asiática

município de Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul


Carlos Guimarães Filho, enviado especial

Santa Rosa (RS) – O principal adversário dos gaúchos na safra 2014/15 parece não ter poupado nem mesmo o berço da soja no Brasil. O município de Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul, registra alto índice de ataque da ferrugem asiática, verificou a equipe da Expedição Safra que percorre o estado desde o início da semana. Em algumas localidades da região, a perda de cinco sacas por hectare já é fato.


De acordo com o gerente agropecuário da Copermil, Sérgio Schneider, o excesso de chuva em janeiro, seguido de um forte calor, gerou um ambiente perfeito para o desenvolvimento da doença. A pluviosidade registrada no primeiro mês ficou acima dos 300 milímetros, recorde de janeiro nos últimos 30 anos. Os registros de lagartas como falsa medideira e helicoverpa foram baixos.

“Tradicionalmente como ocorre estresse hídrico no começo do ano, o ciclo da ferrugem é interrompido. Esse ano foi diferente. A perda do ano passada por causa da seca será semelhante essa temporada por conta da doença”, contextualiza o gerente agropecuário da cooperativa, que atuam em 11 municípios da região.

A maior incidência de ataque da ferrugem asiática também fez com que parte dos cinco mil associados da cooperativa aumentasse o número de aplicações. A média tem sido de quatro entradas. Porém, alguns agricultores preferiram não gastar com produtos, reduzindo a produtividade.


“Tem vizinho que fez duas aplicações e terá perda acima de cinco sacas”, conta o produtor José Helmuth Seteffen.

Ele, porém, fez o manuseio indicado com cinco aplicações, suficiente para garantir uma das melhores produtividades dos últimos. Quando começar a colher os 200 hectares dedicados à soja a partir de 15 de março, Seteffen espera colher 50 sacas por hectare.

“Tive pouca perda com ferrugem. Será uma boa safra”, comemora o produtor de Santa Rosa. “A expectativa lá atrás era melhor. Mesmo assim, apesar dos contratempos, basta uma boa chuva nos próximos 10 dias para garantir uma safra interessante”, complementa Schneider.

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