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Com lavouras encharcadas, Campos Gerais pedem o sol do Centro-Oeste

Região entra em dezembro com 10% da soja para semear


Tudo o que os Campos Gerais pedem neste momento é um pouco do sol do Centro-Oeste. A região – responsável por 11% da produção de soja do Paraná – enfrenta quadro oposto do registrado em estados como Goiás e Mato Grosso, onde a falta de chuva reduz o potencial da safra de verão, apurou a Expedição Safra, que está começando viagem pelo Sul do Brasil.

“A umidade em excesso reduziu o número de plantas por hectare e agora impede a entrada das máquinas para aplicação de defensivos, o que significa que entramos na safra de verão com potencial abaixo do registrado um ano atrás”, afirma o gerente de Negócio Agrícola da cooperativa Castrolanda, de Castro, Márcio Copacheski. Ele considera média de 4 mil quilos por hectare como referência de 2014/15.

Copacheski estima que pelo menos 10% das lavouras ainda não foram plantados. “Neste dia 30 de novembro, termina nossa janela ideal de plantio. O que for plantado a partir de agora, em dezembro, deve render volume menor de grãos”. A área de soja afetada pelo excesso de umidade, atribuído ao El Niño, também é estimada em 10%.

A oleaginosa teve apostas elevadas entre os cooperados da Castrolanda. A área foi ampliada de 87 mil para 90 mil hectares. Por outro lado, o milho foi reduzido de 20 mil para 18 mil hectares.

O agricultor Afonso Kremer segue essa tendência. Milho, só 36 hectares para silagem. A oleaginosa oferece lucratividade enquanto o cereal tem somente coberto custos, reclamam os produtores da região.

“Precisamos de pelo menos dois dias de sol para poder entrar com as máquinas nas lavouras e combater ervas daninhas como o picão branco”, relata Kremer, que ainda tem 40 de um total de 100 hectares de soja para semear.

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