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Crescimento de Minas Gerais chega a 4,69% no semestre

Em junho, aumento foi de 0,97%


Mesmo com o cenário econômico negativo no País, o agronegócio de Minas Gerais continua apresentando crescimento. Em junho foi observada evolução de 0,97% no PIB (Produto Interno Bruto), o que elevou para 4,69% o índice de crescimento acumulado entre janeiro e junho de 2016.
 
Considerando os preços de junho, o PIB do agronegócio mineiro em 2016 está estimado em R$ 196,45 bilhões. A alta se deve ao setor agrícola, que acumulou elevação de 10,32% no primeiro semestre, puxado pelo bom desempenho das culturas do café, soja e milho. Já a pecuária recuou 0,81% no período.
 
Do valor do PIB do agronegócio projetado para este ano em Minas Gerais, R$ 102,27 bilhões ou 52,06% devem resultar da atividade agrícola e R$ 94,18 bilhões ou 47,94% do ramo pecuário. Os dados foram estimados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e divulgados pela Seapa (Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais).
 
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, as expectativas são positivas para o setor agropecuário em 2016.
 
“A previsão para 2016 é positiva em relação aos resultados do agronegócio e poderiam ser ainda melhores se a pecuária tivesse mantido o desempenho apresentado nos últimos anos. Este crescimento no PIB agropecuário é muito importante para o setor e também para a economia mineira. Observamos que os resultados começam a melhorar”, explicou Albanez.
 
De acordo com os dados levantados pelo Cepea, no setor agrícola foi registrada alta de 1,69% em junho. Esse resultado foi reflexo do aumento observado em todos os segmentos: primário (2,76%), serviços (1,62%), indústria (1,26%) e insumos (0,87%). A alta de 10,32% no primeiro semestre foi impulsionada pelos resultados positivos verificados em todos os segmentos, com destaque para o primário, que cresceu 12,11%, e serviços, com elevação de 9,9%.
 
Albanez destaca que os principais produtos do agronegócio mineiro mantiveram os resultados em alta. “Observamos que vários produtos que têm grande peso no agronegócio estão com desempenho positivo, como o café, a soja, o milho, cana-de-açúcar e a batata, por exemplo”.
 
Dentro da porteira, no semestre, o café, principal produto do agronegócio estadual, apresentou alta de 20,42% no faturamento e produção 24% maior. No caso da soja, a alta no faturamento foi de 42,45%, com incremento na produção de 33,85% e aumento nos preços de 6,42%.
 
O faturamento do milho cresceu 36,42%, já que os preços valorizaram 56,56% frente ao ano passado. No caso da batata, foi verificada alta de 36% no faturamento, mesmo caso da cana-de-açúcar, que encerrou o período com incremento de 15,49% no faturamento. O feijão também apresentou resultado positivo, com faturamento 54,85% maior e preços 46,16% superiores.
 
Pecuária se recupera e sobe 0,2% no mês
 
Em junho, pela primeira vez no ano, foi observada alta de 0,2% no PIB gerado pelo setor da pecuária. Porém, o setor ainda acumula queda de 0,81% no primeiro semestre, com renda estimada em R$ 94,1 bilhões.
 
Entre os segmentos que compõem a atividade da pecuária, em junho, foi verificada alta em insumos (1,29%), primário (0,22%) e serviços (0,06%). Apenas o segmento industrial registrou queda de 0,29%. No primeiro semestre, apenas o segmento de insumos cresceu, 3,79%. O primário recuou 0,3%, a indústria fechou com queda de 4,45% e serviços tiveram retração de 1,64%.
 
O preço médio dos produtos da pecuária, ponderado, acumulado de janeiro a junho, ficou 0,21% menor que no mesmo período de 2015, e a expectativa de produção anual é de retração de 0,35%.
 
Frango, leite e ovos apresentaram evolução positiva no faturamento, de 11,66%, 5,36% e 15,92%, respectivamente. Já bois, vacas e suínos fecharam o semestre com previsão de queda de 3,46%, 10,64% e 4,21%, na mesma ordem.
 
De acordo com os dados do Cepea, no caso dos bovinos, os preços seguiram com tendência de baixa, registrando redução de 5,58% para vacas e de 6,14% para bois no primeiro semestre de 2016, frente igual período do ano anterior. Quanto à produção, a projeção é de redução de 5,36% para vacas e elevação de 2,86% para bois em 2016.
 
No mercado de suínos, a retração nos preços foi da ordem de 8,34% na comparação entre os seis primeiros meses de 2016 em relação ao mesmo período de 2015. A produção deve crescer 4,5% no ano.
 
Na atividade leiteira, o aumento de 5,36% no faturamento é reflexo da alta nos preços, 10,19%, diante da queda registrada na produção, de 4,38%.
 
Houve aumento de 4,23% nos preços do frango ao longo do primeiro semestre e a expectativa é de uma produção 7,12% superior. Os preços dos ovos em 2016 estão 11,26% mais elevados que os registrados em 2015 e a produção esperada é 4,2% maior.
 

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