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Governo argentino não sinaliza mudança para ajudar produtores rurais

Deputado peronista promete lutar por baixar as retenções



As dificuldades dos produtores rurais argentinos não parece sensibilizar o governo do país vizinho. O cenário de inflação anual de até 40%, aliado a uma chamada “moratória técnica”, está fazendo as taxas de juros subirem e tornando quase inviável o financiamento da próxima safra, afirmaram diversos especialistas ao
Agriculture.com.

Qualquer tipo de ajuda da Casa Rosada não parece estar no caminho. O governo argentino não deu nenhum sinal de que pretende mudar a política de atrasar o valor oficial do dólar em relação ao Peso Argentino. Nas exportações, os produtores recebem o valor oficial do dólar (AR$ 8,30), enquanto o valor do paralelo é de AR$ 13,20, e ainda existem impostos de 20% sobre o milho e 35% sobre a soja.

Como o governo argentino não se considera em moratória, o Ministério da Agricultura não quis falar com o Agriculture.com sobre perspectivas futuras. Mas o deputado peronista Luis Basterra, presidente da Comissão da Agricultura da Câmara de Deputados, disse que é possível que os impostos sobre a exportação de milho podem baixar.


"Eu quero proteger nossas terras. Uma das maneiras de fazer isso é combatendo a monocultura da soja. Eu acredito que, como o valor do milho está tão baixo, poderemos baixar as retenções [impostos] do cultivo. Vou lutar por isso", revelou ao Agriculture.com após o Congresso da Associação dos Agricultores de Plantio Direto da Argentina. 

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