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Mandioca e batata-doce têm potencial comercial no RS

Maioria da mandioca e batata-doce gaúchas vem da agricultura familiar


Durante evento realizado no Rio Grande do Sul, os pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas/BA), Marco Rangel e Vanderlei Santos falaram sobre o panorama da produção de mandioca no Brasil e sobre o trabalho de melhoramento genético. O debate ocorreu entre os dias 24 e 25 de junho na cidade de Cerro Largo, no Noroeste gaúcho.

Atualmente, a maioria da mandioca e batata-doce gaúchas vem da agricultura familiar, mas apenas uma pequena parte disso é voltada à comercialização. A raiz se destaca por ser bem adaptada às condições do país e pela baixa exigência tecnológica para a produção. Embora a mandioca seja uma cultura brasileira, com grande variabilidade genética presente no país, o Brasil ocupa o terceiro lugar em produção, com 26,3 milhões de toneladas, ficando atrás da Nigéria e da Tailândia.

Alimentação animal
Para o pesquisador João Pedro Zabaleta, da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS), as possibilidades de uso dos resíduos dessas culturas na produção animal, especialmente na alimentação de aves. A folha da mandioca pode chegar a teores de até 27% de proteína. "As perspectivas são fantásticas porque é possível aproveitar resíduos, ou toda a produção de raízes, para alimentação animal, entrando como componente energético nas rações. Também é possível aproveitar as partes aéreas dessas plantas como um componente protéico e mineral", afirma o pesquisador.

Batata-doce
Já a analista da mesma Unidade, Andréa Noronha, chamou atenção de uma parte expressiva dos integrantes durante a realização de uma oficina sobre cultivares e multiplicação de mudas de batata-doce. A cultura também esteve contemplada na fala do seu Roque Weber, agricultor de Cerro Largo, que compartilhou suas experiências com uma vitrine tecnológica para teste de três cultivares de batata-doce da Embrapa Clima Temperado: BRS Amélia, BRS Rubissol e BRS Cuia.  

Os resultados da última safra fizeram o agricultor, que só cultivava para consumo próprio, mudar de opinião. "Estou vendendo a dois reais o quilo. A produção este ano é de 35 toneladas por hectare. Se eu tivesse plantado uma hectare eu tiraria de sessenta a setenta mil reais. Por isso estou pensando em aumentar de novo a minha produção", afirmou.

Com informações da Embrapa Clima Temperado 

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