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MT: Período proibitivo vale até o final de setembro

Mais de 12 mil focos de calor foram registrados no Estado



O período proibitivo de queimadas em Mato Grosso foi prorrogado até o final do mês de setembro por conta da baixa umidade do ar e o alto número de queimadas. Somente no período proibitivo, mais de 12 mil focos de calor foram registrados no Estado.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado, que circulou ontem (15). Sendo assim, a proibição, que deveria ter terminado ontem, irá até o próximo dia 30, correndo o risco de ser novamente estendida caso a situação permaneça crítica.

Segundo o coordenador do Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF), Ramão Correa Barbosa, em relação ao mesmo ao mesmo período no ano passado, o Estado teve um aumento de 60% no numero de focos de calor, sendo que a região norte continua como a mais crítica.

Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 15 de julho até 15 de setembro, data que compreende o período proibitivo, já foram registrados 12.080 focos de calor em Mato Grosso. Nesse mesmo período, no ano passado, haviam sido registrados 5.569 focos de calor.

Os dez municípios com maior número de focos são Colniza (1.228 focos), Nova Nazaré (593 focos), Feliz Natal (499 focos), Campinápolis (427 focos), Nova Ubiratã (401 focos), Paranatinga (350 focos), Gaúcha do Norte (337 focos), Nova Bandeirantes (328 focos), Aripuanã (323 focos) e Cotriguaçu (313 focos).

De acordo com o coordenador, a maior preocupação é quanto ao prolongamento do período de estiagem e a possibilidade das queimadas aumentarem até o fim de setembro e outubro.

Conforme o Ramão Barbosa, a baixa umidade relativa do ar aliada ao forte calor e ausência de chuvas favorecem a ocorrência de incêndios nas zonas urbana e rural, colocando em risco a saúde, a qualidade de vida e a segurança da população e do meio ambiente. “A Sema não irá liberar autorizações nesse sentido para não aumentar os focos de calor e a quantidade de fumaça na atmosfera”.

Caso alguém descumpra o decreto, terá que arcar com uma multa que vai de R$ 1mil a R$ 5 mil por hectare, dependendo da área queimada. Em Unidades de Conservação a multa é de R$ 5 mil por hectare. Atear fogo nas áreas urbanas, ou em áreas rurais sem autorização da Sema, é crime ambiental o ano todo.

Segundo o Inpe, Mato Grosso é campeão em número de queimadas no país. O estado registrou mais de 16 mil focos de calor entre janeiro e setembro, o que significou um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

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