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Novo momento da citricultura

Setor exporta aproximadamente 98% do suco que produz


Setor exporta aproximadamente 98% do suco que produz e responde por 80% de participação no mercado mundial

O Estado de São Paulo abriga o maior parque citrícola do mundo, com mais de 180 milhões de plantas, responsável por mais de 50% da produção mundial de suco de laranja, gerando uma receita de US$ 2 bilhões ao ano, com mais de um milhão de toneladas de suco embarcados.

Levantamentos realizado pelos órgãos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo mostram que o setor exporta aproximadamente 98% do suco que produz e responde por 80% de participação no mercado mundial, em valores monetários. A citricultura paulista é muito importante para o agronegócio do Brasil e mundial.

Números tão representativos demandam cuidados de mesmo porte, para manter a qualidade dos frutos e a sanidade das plantas, pois elas sustentam uma brigada de 60 mil empregos diretos e estão presentes em quase metade dos municípios do Estado.

A incessante busca por soluções para combater e evitar pragas e doenças como o greening, a pinta preta, o amarelinho e o cancro cítrico tem sido a tônica da cadeia produtiva, debatida pela nossa Câmara Setorial de Citros, e apoiada pela Comissão Técnica de citricultura e pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira, do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas. O apoio deve ser tanto aos pomares próprios da indústria citrícola, como aos pequenos citricultores, muitos deles familiares.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento tem empreendido, ao lado das entidades que atuam no setor, destacadamente o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), um intenso trabalho para disseminar práticas de sanidade. Os esforços surtiram efeitos e tivemos a publicação de nova instrução normativa do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que permitirá que os produtores adotem o Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para o controle do cancro cítrico.

A Instrução Normativa nº 37 do Mapa foi apresentada numa série de eventos e palestras voltadas aos citricultores, engenheiros agrônomos, técnicos e até mesmo estudantes de agronomia, esclarecendo as novas ações a serem adotadas nos pomares, propriedades, packing houses, indústrias e transporte.

Com a adoção do SMR, os produtores terão a proteção formal das medidas fitossanitárias e o controle de disseminação de doenças será ampliado, garantindo a saudabilidade da sua produção, habilitando as propriedades a comercializar suas frutas in natura para outros mercados que reconheçam nossas medidas fitossanitárias.

No mês de novembro, em parceria com o Fundecitrus, iniciamos um ciclo de eventos para apresentar as mudanças na legislação federal. O primeiro foi o Seminário Internacional, realizado em Cordeirópolis, onde foram apresentadas as diferenças entre a antiga e a nova regra, além de experiências de sucesso implantadas no Estado de Santa Catarina e na Argentina para o controle da doença. Na sequência, realizamos encontros de trabalho regionais nos municípios de Avaré, São José do Rio Preto e Araraquara.

Estes encontros foram muito produtivos, reuniram mais de 800 pessoas de 26 regionais da Secretaria, possibilitando a troca de informações e o esclarecimento de dúvidas sobre a nova legislação.

Os eventos foram organizados pelas Coordenadorias de Defesa Agropecuária (CDA) e de Assistência Técnica Integral (Cati) e do Instituto Agronômico (IAC), que tem trabalhado para o desenvolvimento de novas cultivares menos suscetíveis às pragas e doenças.

A possibilidade de buscar alternativas à erradicação das plantas doentes foi muito bem recebida pelos citricultores que participaram dos eventos e que, entusiasmados, esperam melhorar o manejo de doenças nas propriedades, adotando práticas mais eficientes, além de economizar tempo e dinheiro.

A partir dessa mudança, a Defesa Agropecuária da Pasta passará a dividir a responsabilidade com produtores para manter o controle do cancro cítrico e das outras doenças. Para isso, é preciso monitorar cada etapa, desde a produção, passando pelo packing house, a certificação da produção por profissionais credenciados até chegar nas auditorias da CDA e do Mapa.

Por isso, o trabalho de orientação continuará sendo realizado por meio das Casas da Agricultura, onde o produtor poderá ter informações sobre como aderir ao Sistema de Mitigação de Risco e proteger seu pomar, visto que somente com essas medidas teremos sucesso no controle do cancro cítrico e das outras doenças.

A atuação da Secretaria no próximo ano continuará a ser debatida na Câmara da Citricultura e integrará os esforços das diversas entidades que atual no segmento, tendo como foco buscar uma ação mais efetiva contra o greening (HLB) e acabar com os pomares abandonados que comprometem os esforços de controle das diferentes pragas que afetam o setor.

Fica uma sensação positiva de que o cenário se abre para o fortalecimento da citricultura paulista, este é o nosso objetivo!

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