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Produtores atendidos pelo Senar/MS comercializam R$ 500 mil em hortifrutigranjeiros

Grupo de 228 produtores atendidos pela assistência técnica e gerencial contabilizou um total de vendas no valor de R$ 541 mil


O balanço de atividades desenvolvidas nos três primeiros meses do ano pelo programa Hortifruti Legal, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural comprova a aptidão da agricultura familiar em produzir frutas, vegetais e folhosas. O grupo de 228 produtores atendidos pela assistência técnica e gerencial contabilizou um total de vendas no valor de R$ 541 mil, em pouco mais de 148 hectares.

Entre os produtos mais demandados pelas redes de supermercados e agroindústrias de Mato Grosso do Sul estão: milho, mandioca, quiabo, abóbora, abobrinha, banana, abacaxi, alface, rúcula e salsa. De janeiro a março o crescimento médio foi de 15,8% na comercialização da produção e um dos responsáveis por esse trabalho é a figura do agente comercializador, que intermedia a negociação entre produtor e comprador.

Segundo o coordenador do programa Hortifruti Legal, Francisco Paredes, a figura desse profissional é fundamental para os resultados obtidos na comercialização. “É importante ressaltar que o agente comercializador do Senar/MS não vende o produto do grupo assistido pela assistência técnica. Entre as atribuições desse profissional estão a realização de uma pesquisa de mercado local, verificação do grupo produtivo, alinhamento com o técnico de campo para identificar quais as culturas são mais demandadas e o planejamento do escalonamento dos produtos”, detalha.

A responsável por esse trabalho no Senar/MS é a agrônoma Alana Neto, que nos últimos três meses visitou e criou uma rede de relacionamento nos 11 munícipios do Estado, no qual estão presentes o programa. “Quando converso com produtores e explico qual é o objetivo do meu trabalho fico satisfeita com o retorno. Eles recebem muito bem e me dizem que a parte mais difícil da agricultura é o processo de venda, pois toma tempo e procura. Eu avalio de outra forma, produzir de forma escalonada e mantendo um padrão de qualidade são os pontos mais desafiadores”, considera.

Para exemplificar sua afirmação, a profissional relata um fato ocorrido no município de Paranaíba. “Eu conversei com os produtores e verifiquei que havia uma produção promissora de maracujá. Fiz a pesquisa de mercado e acabei identificando uma fábrica de polpa em Aparecida do Taboado e fiz a intermediação com os interessados. O resultado foi que o comprador se comprometeu a comprar toda a produção, estimada em 110 mil toneladas da fruta, desde que atendesse as exigências de espécie e qualidade”, acrescenta Alana.

Trabalho conjunto – As etapas propostas na metodologia de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial do Senar/MS são feitas com apoio do técnico de campo que se responsabiliza pelo grupo de produtores selecionados. O trabalho começa com o diagnóstico individualizado das propriedades, seguido por um planejamento estratégico pautado na realidade de cada família. No momento seguinte são feitas as intervenções técnicas adequadas com propostas que atendam a capacidade operacional, gerencial e econômica do produtor. O passo seguinte é identificar quais capacitações são necessárias e que serão oferecidas ao grupo. Ao final do primeiro ciclo produtivo, os técnicos e o produtor avaliam o modelo de produção e os resultados alcançados.

Um desses profissionais é o técnico de campo o Senar/MS, Darlan Souza Flauvino, que atende 23 produtores no município de Dourados. Ele relata que o grupo está focado em produzir alguns vegetais que têm maior demanda na região. “Com auxílio da Alana estamos buscando formalizar o fornecimento de seis culturas para alguns restaurantes da cidade. Inicialmente trabalharemos quiabo, mandioca, abóbora, milho verde, alface e couve, que são mais fáceis de produzir”, aponta.

No entanto, Flauvino considera que o maior trabalho será o escalonamento da produção: “Para que o grupo obtenha rentabilidade precisa manter regularidade e compromisso, por isso, combinamos com os produtores que duas propriedades investirão no mesmo cultivo, criando assim um fluxo de produção constante”, sustenta.

Alana pontua que o mercado está acessível para a produção familiar e verificou isso nas visitas que realizou. “Em todas as empresas que estive, os responsáveis se mostraram receptivos em adquirir a produção de agricultores locais. No entanto, a principal exigência foi sobre a continuidade da entrega. Em Dourados identifiquei um mercado pouco explorado que são os restaurantes, que começarão a ser atendidos pelos produtores do Hortifruti Legal”, salienta.

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