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Setor de grãos também sofre impactos

Tendência de que os preços das carnes e dos grãos, principais componentes da ração animal, demandem maior tempo para valorizar


De acordo com o CEO do Grupo Pão de Açúcar (GPA), Ronaldo Iabrudi Pereira, que também é conselheiro do Agrobanco – empresa que atua no setor de grãos –, os embargos à carne brasileira devem ser suspensos ao longo das próximas semanas. Mas a tendência é que os preços das carnes e dos grãos, principais componentes da ração animal, demandem maior tempo para valorizar.
 
Iabrudi explica que o GPA é o maior comprador de carne da JBS e da BRF Brasil e, logo que deflagrada a operação, os executivos se reuniram e discutiram o assunto. A conclusão é que a operação trará impactos, mas serão temporários.
 
“Os problemas são pontuais e a maneira como a operação foi divulgada ganhou uma abrangência que não reflete a realidade. A suspensão das importações impactou em todas as empresas da cadeia de proteína e os frigoríficos reduziram os abates. A partir do momento que se tem menor produção de carnes, seja, boi, frango ou suíno, a demanda pelo milho e soja diminui e esperamos uma queda nos preços do milho e da soja”.
 
Ainda conforme o executivo, mesmo que seja uma queda pontual e que os países voltem a importar a carne, o episódio será uma ferramenta para que os países compradores reduzam os preços pagos pelos produtos.
 
“Acho que as exportações de carne vão normalizar nas próximas semanas. O consumo no mercado interno em mais de 2 mil postos de venda apresentou pouca queda, mas achamos que vai demandar um pouco mais de tempo para se retomar os preços da carne e dos grãos”.

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