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Soja opera em alta em Chicago por bloqueios nas estradas do Brasil

A manifestação dos caminhoneiros continua


LONDRES/SÃO PAULO (Reuters) - Os contratos futuros da soja negociados na bolsa de Chicago operavam em alta nesta quinta-feira, com bloqueios em estradas brasileiras se mantendo após o governo anunciar propostas na véspera para tentar encerrar o movimento.


Por volta das 9h35 (horário de Brasília), a soja subia 0,7 por cento, a 10,175 dólares por bushel.

A manifestação dos caminhoneiros continua nesta quinta-feira no trecho da BR-163 concedido à Rota do Oeste em Mato Grosso, informou a concessionária.

A BR-163 é a principal ligação de importante região produtora de soja de Mato Grosso, o maior produtor nacional do grão, com os portos exportadores.

"Até o momento são sete bloqueios na rodovia...", disse a concessionária, citando problemas perto dos municípios de Rondonópolis, Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Nova Mutum.

Na véspera, os contratos da soja terminaram em baixa, com expectativas do fim do protesto no Brasil, que em 2014 liderou as exportações globais de soja.

O preço da commodity sobe em Chicago com expectativa de que a demanda migre para os Estados Unidos, diante dos protestos no Brasil.

Na noite de quarta-feira, o governo anunciou uma série de propostas numa tentativa de pôr fim aos protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas o país, como a estabilidade dos preços do diesel por seis meses, sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões.

A categoria está dividada sobre as propostas.

Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários, na quarta-feira, aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas.


A Polícia Rodoviária Federal ainda não divulgou balanço dos bloqueios nas estradas nesta manhã. Na quarta-feira, foram mais de 90 bloqueios.

(Por Nigel Hunt em Londres e Roberto Samora em São Paulo)

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