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Carne Fraca é “atrapalhada” e cria “desconfiança temporária desleal”

Afirmação é de Luis Madi, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)


“A Operação Carne Fraca, de forma “atrapalhada”, cria uma desconfiança temporária desleal sobre este estratégico setor de suprimento de alimentos no Brasil e no exterior. Estão querendo denegrir a imagem deste nosso setor que mantém os mais elevados padrões de qualidade a nível mundial”. A afirmação é de Luis Madi, membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS) e diretor geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP.

“Trabalhamos nestes últimos anos, em especial em 2015 e 2016, para apresentar ao consumidor brasileiro um local onde pudessem obter informação científica e tecnicamente comprovada sobre os alimentos processados (www.alimentosprocessados.com.br), onde o setor de proteína animal, em especial de carnes é fundamental, com produtos de excelente qualidade”, lembra ele.

De acordo com Madi, a cadeia produtiva da carne é legítima e todas as atividades passam por planejamento, manejo e controle do rebanho desde antes até depois da porteira: “Temos presenciado produtores buscando a inovação, melhorando a capacidade de gerenciamento das fazendas, bem-estar dos animais, investindo em ciência e tecnologia. Outros profissionais da área se aperfeiçoando através de treinamentos, análises de mercado, controle fitossanitário, rastreabilidade. Como sempre: o agro mantendo o Brasil e sempre contribuindo para o PIB. Nossa imagem não pode ficar ao relento”.

O engenheiro agrônomo Márcio Ceccantini aponta que, durante dois anos de investigação, foram autuadas apenas 21 unidades sobre um total de 4.837 fábricas e frigoríficos no País, além de somente 33 fiscais em um universo de mais onze mil. 

“Se há um problema de corrupção, se houve problema político envolvendo algumas pessoas e fábricas, deveria ser tratado com rigor e punição de forma pontual e não generalizada”, reclama Madi, que também é engenheiro de alimentos pela Unicamp e Mestre em Embalagem de Alimentos pela Michigan State University (EUA).

“Somos contra qualquer ilegalidade no setor. Somos contra essas irregularidades e os envolvidos devem ser punidos. Mas é preciso relembrar que os corretos ainda são a maioria, que nosso setor tem representantes íntegros, desde a produção da carne até os processos de qualidade e fiscalização.
É hora do consumidor também analisar os fatos e buscar informação baseada na ciência e na tecnologia”, conclui.

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