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Agricultura digital avança na América Latina

Plataforma leva tecnologia aos pequenos e médios produtores


Foto: Pixabay

Em rotina sempre agitada, os produtores precisam se desdobrar para conseguirem acompanhar os movimentos de uma agricultura cada vez mais dinâmica. Para nada passar despercebido, é preciso ferramentas que entreguem soluções e orientações mais intuitivas para auxiliá-los nas decisões do dia a dia. Com esse objetivo, a agtech Sima - Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, disponibiliza ao mercado brasileiro e também demais países da América Latina sua ferramenta altamente versátil que se destaca por ter facilidade em se adaptar às mais variadas culturas em diversas regiões.

O app é um sistema para a agricultura inteligente, que permite realizar monitoramentos em campo com diversos focos, desde pragas, doenças e daninhas até vistorias e laudos técnicos, incluindo fotos, vídeos e áudios, de forma georreferenciada. A solução analisa ainda as informações e é possível gerar ordens de serviço, tornando assim digital e interativo o manejo fitossanitário.

No Brasil, a ferramenta tem sido utilizada em larga escala principalmente nas safras de soja, milho e trigo. Entretanto, em outros países a solução também apresenta grande desempenho. Na Colômbia, por exemplo, onde a empresa também tem equipe específica atuando, é realizado o monitoramento em culturas como arroz e batata.

Segundo Mauricio Varela, co-founder e country manager Brasil e América Latina da Sima, no País a estratégia foi firmar parcerias com importantes entidades e federações locais, como por exemplo, a Federarroz colombiana. “Nosso foco principal tem sido os pequenos produtores para que assim possamos disponibilizar a eles o acesso a tecnologias que não teriam sozinhos”, diz.

Ao tornar suas soluções altamente tecnologias acessíveis a esses produtores, que em sua maioria são agricultores familiares, automaticamente eles passam a compor com um grande banco de dados com informações e histórico de suas lavouras tornando o manejo mais assertivo. O outro ganho direto, é que abastecido desses dados, estes produtores têm informações precisas para passar a instituições financeiras, o que pode facilitar a obtenção de crédito e financiamento junto as mesmas. “Utilizando nosso app, as fazendas terão uma avaliação de risco mais segura. Temos forte parceria com agentes financiadores que nos ajudam a criar esse grande banco de dados, mas principalmente a terem segurança quanto à produção do agricultor”, acrescenta.

Atuação expandida

Além do Brasil e Colômbia a agtech, também tem crescido de forma consistente em outros países da América Latina, como é o caso da Argentina, por exemplo, seu país de origem onde a empresa já é responsável por monitorar mais de 10% de toda a área produtiva local. Entre as diversas culturas locais, a tecnologia está sendo utilizada também no monitoramento de lavouras de uvas.  “Também temos um trabalho e atuação forte junto aos produtores uruguaios. É importante salientar que em todos estes países temos equipes locais treinadas em atuação à disposição dos produtores”, destaca o executivo.

Mais recentemente, a Sima, também tem expandido atuação na Venezuela, com auxílio de um parceiro local com grande conhecimento deste mercado. Segundo Varela, apesar dos problemas políticos e financeiros que ocorrem no país há grande potencial, não somente no cultivo de soja, mas também em outras culturas. “Este é um mercado que apostamos e certamente aos poucos, conhecendo melhor suas particularidades, vamos ampliar nossa atuação por lá”, ressalta.

Próximos passos

A agtech, também tem tido grande atuação na digitalização do campo, além do monitoramento e coleta de dados na lavoura, a empresa também se dedica a gestão de equipes em campo, e principalmente em áreas de pesquisas. “Hoje o Brasil é referência na condução e realização de campos de pesquisas, sempre com foco na agricultura cada vez mais sustentável e produtiva”, diz Rafael Malacco, gerente de desenvolvimento de mercado.

O próximo passo da empresa no Brasil é fazer algo semelhante ao que faz com demais países vizinhos, ou seja, buscar parceria com associações e federações locais para disponibilizar aos pequenos agricultores, muitas vezes, esquecidos, o acesso à mais alta tecnologia. “Agricultura familiar brasileira tem muita importância na produção de alimentos. Por isso, por meio da nossa plataforma, pretendemos que esta classe possa produzir mais, com segurança e principalmente com acesso ao crédito dando perpetuidade a atividade”, finaliza Malacco.

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