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Agricultura orgânica não alimentará toda população

Algumas medidas precisam ser tomadas, principalmente com foco na tecnologia


Foto: Nadia Borges

Um estudo realizado por uma equipe de pesquisadores do Maretec indicou que a agricultura orgânica não conseguirá alimentar toda a população mundial em 2050. O estudo destaca que, ao proibir a utilização de fertilizantes de síntese, a agricultura não consegue obter azoto suficiente para ser viável a nível global. 

“Os resultados demonstram claramente que a transição completa para produção biológica em 2050, considerando o sistema de produção biológica como ele é atualmente, leva a uma insuficiência de nutrientes para produzir os alimentos necessários para alimentar a população mundial independentemente das mudanças de dieta”, afirma o investigador do MARETEC, Tiago Morais. 

Essa limitação pode ser resolvida até o ano de 2050. No entanto, isso só será possível por meio de investimentos em inovação e eficiência na produção agrícola e animal, com redução do desperdício alimentar, diversificação de fontes de fertilizante orgânico e o recurso a energias renováveis. O estudo evidencia ainda a importância da pecuária nesta equação, uma vez que os animais facilitam a produção biológica sustentável, quer devido ao aproveitamento de pastagens em áreas menos férteis para agricultura, quer para aproveitamento de desperdícios. 

“As medidas que contribuem mais significativamente são as medidas agroecologias em combinação com as medidas de economia circular. Pois, aumentando a eficiência do uso de azoto tanto na produção agrícola e produção animal combinadas com a redução dos desperdícios permite que a produção mundial de alimento consiga suprir todas as necessidades”, complementa o investigador. 

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