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Agricultura orgânica pode alimentar a Europa em 2050

Soluções passam por mudar dieta, agroecologia e aproximar lavouras e pecuária


Foto: Marcel Oliveira

A alimentação se tornou um dos maiores desafios do século XXI. Segundo um estudo realizado por cientistas do CNRS, um sistema agroalimentar orgânico, sustentável e amigo da biodiversidade poderia ser implementado na Europa e permitiria uma coexistência equilibrada entre a agricultura e o ambiente.

O cenário proposto é baseado em três alavancas. O primeiro envolveria uma mudança na dieta, com menor consumo de produtos de origem animal, permitindo limitar a pecuária intensiva e eliminar a importação de rações. A segunda alavanca exigiria a aplicação dos princípios da agroecologia, com a generalização de sistemas de rotação de culturas longos e diversificados incorporando leguminosas fixadoras de nitrogênio, tornando possível prescindir de fertilizantes e pesticidas nitrogenados sintéticos. A alavanca final consistiria em aproximar lavouras e pecuária, que muitas vezes estão desconectados e concentrados em regiões ultra-especializadas. Isso permitiria a reciclagem ideal do estrume.

Neste cenário, seria assim possível reforçar a autonomia da Europa, alimentar a população prevista em 2050, continuar a exportar cereais para países que deles necessitam para consumo humano e, sobretudo, reduzir substancialmente a poluição das águas e as emissões de gases com efeito de estufa da agricultura.

 

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