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Algodão mostra força da agricultura em MS

Chapadão do Sul é campeão nacional de produtividade por hectare e o quarto produtor no país



Aconteceu em Chapadão do Sul, o ‘Dia do Algodão 2014’, evento promovido pela Ampasul (Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão) que marcou o início da colheita do algodão naquele município que é campeão nacional de produtividade por hectare e o quarto produtor no país. O evento foi realizado na Fazenda Carlão, do Grupo Schlatter. O encontro ocorreu na sexta-feira (18.07).

O presidente da Ampasul, Darci Boff, falou sobre a realidade dos cotonicultures de Mato Grosso do Sul. Segundo o produtor, a estrutura da cadeia produtiva vem passando por um processo de reestruturação e a cotonicultura é hoje um dos segmentos do agronegócio mais organizado do país. “Estamos organizados em cooperativas, o que facilita a compra de insumos e a venda da pluma do algodão. O produtor enfrenta vários desafios, desde a decisão de plantar na hora certa por causa do clima até o planejamento de quanto vai ser plantado por causa do custo de produção, pois é preciso comprar insumos”. As oscilações do preço no mercado também afetam toda a cadeia produtiva.

Darci falou também sobre outra dificuldade, por conta da existência de uma lei estadual que estabelece o teto da exportação desonerada em 40% da produção e o que passar disso é tributado, encarecendo o produto. Segundo Darci, os produtores estão sendo prejudicados por algo que o mercado é que deveria regular. “Isso faz com que a concorrência do algodão de Mato Grosso do Sul perante os outros estados produtores fique desleal e nós saímos perdendo. Espero que o futuro governador tome as devidas providências”.

O deputado estadual Marcio Monteiro, presidente da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia Legislativa, participou do evento e defendeu uma regulamentação que estimule a produção, desonere o produtor e gere empregos.
“Eu entendo que o estado tem que ter uma visão mais ampla. Quando o estado estabelece restrições de volumes de exportação desonerada do produto ele também desestimula de alguma forma a produção. Ao dificultar a exportação de produtos primários com o objetivo de reforçar a arrecadação do estado, você – aparentemente – faz com que o estado tenha mais receita.

Porém, se o estado libera ou diminui essa exigência, o estado arrecada menos diretamente, mas com o aumento da produção temos um efeito cascata: o produtor produz mais, gera mais empregos, mais pessoas entram nesse segmento, movimenta o comércio e a economia como um todo e isso evidentemente compensa a falta de arrecadação que teria com a exportação”. Para Monteiro, a política de exportação agrícola deve ser modificada para estimular a produção e gerar mais empregos e renda no campo.

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