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Análise de risco deve ajudar na tomada de decisão em saúde animal

O curso termina na sexta-feira (12)


Começou na manhã desta terça-feira a parte internacional do curso sobre Análise de Risco aplicada à Vigilância de Enfermidades, no auditório do Mapa em Porto Alegre. A capacitação faz parte do Acordo de Cooperação Técnica entre Faculdade de Vererinária da Ufrgs, Fundesa, superintendência do Ministério da Agricultura no RS e Secretaria Estadual da Agricultura. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, esteve na abertura do curso. “É uma grande oportunidade de capacitar o serviço oficial no Rio Grande do Sul, contribuindo para o avanço do status sanitário no estado.”

A análise de risco consiste em avaliar as probabilidades de ocorrência de eventos desfavoráveis, bem como suas consequências. O professor Luis Gustavo Corbellini, do Laboratório de Epidemiologia Veterinária da Ufrgs, deu como exemplo os acidentes aeronáuticos. “A probabilidade de um avião cair é de um em dois milhões. No Brasil foram dois acidentes em 10 anos. Quais as consequências disso?” Segundo ele, na epidemiologia deve-se trabalhar para minimizar os riscos e agir para o manejo mais adequado de consequências.

Conforme o Chefe do Serviço de Saúde Animal do Mapa, Bernardo Todeschini, a aplicação desta ferramenta no serviço oficial importante pois a legislação não prevê todas as possibilidades e a fiscalização não atinge todos os produtos. “É preciso estabelecer prioridades e direcionar a vigilância para as enfermidades ou alimentos que podem causar mais danos.”

Javier Sanchez, da Universidade da Ilha de Prince Edward (Canadá) explica que a aplicação da análise de riscos no serviço oficial é fundamental e extremamente complexa pois “avalia não somente questões de mercado, mas também aspectos políticos de saúde pública.” Já o professor Gustavo Monti, da Universidade Austral do Chile diz que desafio desta ferramenta é contrapor “o risco de algo acontecer com a chance de não ocorrer e a partir daí tomar a decisão de aplicar recursos para vigilância e defesa sanitária.”

Conforme Monti, uma grande preocupação que também deve ser observada pelo serviço oficial é o que ocorre à margem da fiscalização. “Casos de produção ‘caseira’, trânsito ilegal de animais, abigeato... é como tráfico de drogas e armas só que o mais grave é que o vírus nós não vemos.”

O curso termina na sexta-feira (12).

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