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Avicultura: Bye, bye 2012! Seja bem-vindo 2013!

Avicultura brasileira passou por um ano difícil, no entanto, conseguiu manter a sua produção, a sua qualidade e a sua persistência de crescer no mercado


Avicultura brasileira passou por um ano difícil, no entanto, conseguiu manter a sua produção, a sua qualidade e a sua persistência de crescer no mercado

O ano de 2012 não deixará saudades. Pelo menos, para muita gente da avicultura este ano já foi embora tarde. Foram meses difíceis, com altos e baixos, atrasos de pagamentos, protestos, fechamento de frigoríficos. No entanto, nem tudo foi ruim. A avicultura brasileira é guerreira e conseguiu fechar 2012 com saldos positivos. Foram mais de 12,5 milhões de toneladas de carne de frango produzidas e 3,9 milhões de toneladas exportadas, segundo balanço da União Brasileira de Avicultura (Ubabef). “Conseguimos manter as nossas exportações de carne de frango e, apesar dos problemas enfrentados, a avicultura brasileira não perdeu a sua qualidade e nem a sua sanidade. Manteve-se firme em seus fundamentos”, avalia Francisco Turra, presidente da Ubabef.


Os problemas enfrentados pelo setor em 2012, aos quais Turra se refere, foram influências, principalmente, da seca que atingiu os Estados Unidos, maior produtor mundial de milho. Com a seca, a produção de milho americana ficou devastada e a solução foi buscar o milho em outros mercados como o Brasil. “A seca americana provocou um aumento exorbitante no preço dos insumos como o milho, principal ingrediente da ração das aves”, explica. “O ápice da crise sentida pelo setor avícola brasileiro foi quando os custos de produção do frango subiram 60%, mais ou menos no meio do ano, e os preços do milho e da soja aumentaram 45%. Com a procura aquecida, os fornecedores de grãos também eliminaram o prazo usual de 45 dias para pagamento pelos insumos e passaram a cobrar à vista e até a exigir depósitos antecipados das agroindústrias. Com isso, muitas empresas tiveram que fazer caixa, mas não tinham crédito no mercado porque os bancos ficaram mais exigentes no Brasil”.

Contraponto

“A avicultura brasileira é mesmo um negócio surpreendente”, destaca o presidente da Ubabef. “Apesar das dificuldades, é um setor que tem uma capacidade incrível de se readequar”. Turra chama a atenção aqui para a boa organização do setor, à capacidade que o setor unido tem de adequar os alojamentos das aves à demanda do mercado. “Conseguimos, depois de várias reuniões e esforços coletivos, manter as exportações e também atender o mercado interno”. No entanto, o dirigente avícola evidencia a necessidade de o setor aprender a trabalhar melhor as informações de mercado, as tendências internas e externas. “Precisamos agir com mais rapidez sobre essas tendências para não sofrermos grandes consequências”.


Para 2013, a Ubabef declara que o setor já está reposicionado. “As empresas estão com os seus alojamentos adequados para a demanda do mercado”, assegura Turra. De acordo com o presidente da entidade, as oportunidades para o Brasil estão no mercado externo. “Continuaremos trabalhando na manutenção dos mercados já existentes para o frango brasileiro e tentaremos a abertura de novos como Paquistão, Indonésia, Angola, Ásia e África do Sul”.


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