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Avicultura paga menos pela energia na tentativa de impulsionar produção

ICMS vai ser reduzido de 17% para 2% nesse setor



Para apoiar o salto produtivo que está se prevendo na avicultura de Mato Grosso do Sul, com o aumento significativo no número de aviários para atender a expansão e a abertura de novos projetos industriais no setor, o governo do Estado vai reduzir de 17% para 2% o ICMS cobrado nas contas de energia elétrica  nesse segmento. Além disso devolverá aos produtores 30% do ICMS pago.

A informação foi confirmada ao Correio Rural pelo governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), na semana passada, e pelo secretário de Governo, Eduardo Riedel.

Segundo as autoridades governamentais, esse assunto ainda está sendo estudado pela Secretaria da Produção e da Agricultura Familiar conjuntamente com a Secretaria de Fazenda do Estado, para que seja definido de quanto será a redução do imposto sobre a energia elétrica para os projetos de avicultura instalados no Estado.

Além da expansão de projetos industriais e produtivos já existentes no Estado, uma nova planta industrial, para abate de perus que será instalada no município de Itaporã, também será beneficiada pela redução do imposto cobrado sobre a energia elétrica.

MILHO AMEAÇADO

O governador Reinaldo Azambuja, como produtor rural que é, mostrou preocupação durante sua visita à redação do Correio do Estado, com o desenvolvimento da safrinha e comentou confirmando que em várias regiões, mas especialmente no sul do Estado, muitas lavouras estavam sofrendo com a falta de umidade e o excesso de calor registrado durante o mês de abril.

Ele disse acreditar que a safrinha deverá ter perdas nos índices de produtividade. O secretário da Produção, Fernando Lamas calcula queda de 15% na produtividade.

O secretário Eduardo Riedel, também um homem do campo e que planta milho na região de Maracaju, confirmou que há várias lavouras onde o milho está “raso”, sou seja, está tendo problemas com fatores climáticos.

Para ele, também, a safrinha deverá ter alguma quebra. A torcida de todos, agora, é que não ocorram problemas com geadas, o que poderá prejudicar ainda mais as lavouras.

SEM GEADAS

A frente fria que chegou ao Estado no meio da semana passada, apesar das quedas de temperaturas bem significativas, não prejudicou o milho safrinha no Estado.

Somente em Rio Brilhante os equipamentos da Embrapa registraram temperatura de 3.6, o que poderia significar algum risco com a temperatura na relva se aproximando do zero grau. Em Dourados, na noite de quarta para quinta-feira a temperatura foi de 4.6 graus e em nenhuma região se caracterizou geada. 

Segundo o pesquisador Carlos Ricardo Fietz, da Embrapa Agropecuária Oeste, caso tivesse se verificado geada na semana passada, seria atípico pois o histórico de geadas em Mato Grosso do Sul aponta registros sempre no mês de maio ou junho.

Nos dias 24 e 25 de junho de 2013, por exemplo, foi o último registro de geadas em MS, em Dourados. Naquela ocasião, segundo dados mostrados por Fietz, a temperatura dia 24 atingiu - 0,7 e no dia 25 -0,5 graus. Na relva, desta feita, as temperaturas chegaram a ficar em 4 graus negativos, com o registro de uma geada forte, que prejudicou as lavouras. 

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