CI

Baixa umidade impede avanço no plantio do trigo no Rio Grande do Sul

Condições climáticas registradas neste início de safra de trigo não favoreceram o plantio das lavouras


As condições climáticas registradas neste início de safra de trigo não favoreceram o plantio das lavouras. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (21/05), o preparo das áreas, através da dessecação, está em ritmo mais lento do que o esperado, devido à baixa umidade registrada nos últimos dias. No momento, os triticultores dedicam-se à elaboração de projetos de custeio, à aquisição de insumos e à preparação das máquinas e equipamentos, organizando-se para o início do plantio, que atinge 3% do total projetado, contra uma média de 8% para o período.

A redução da área a ser cultivada com trigo nesta safra difere entre municípios. Levantamentos apontam desde a manutenção de áreas até redução significativa, estimada em mais de 40% em relação à safra anterior. Depoimentos de produtores indicam também para áreas a serem cultivadas com baixa tecnologia, em substituição a outras culturas de cobertura que também apresentam custo elevado de implantação. 

Em termos de preços, a semana não apresentou novidades para o produtor que ainda detém estoque do produto. A saca de 60 kg foi comercializada a um preço médio estadual de R$ 29,98, registrando uma variação de +1,25% em relação ao preço da semana passada.

A diminuição da área cultivada também é percebida em outra cultura de inverno, a cevada. O Estado deverá plantar 15% a menos em relação ao ano anterior, quando foram plantados 37,7 mil hectares. Mesmo assim, os agricultores estão investindo na cultura através de boa fertilização, manejo dos insumos e práticas adequadas, incentivados pelo mercado garantido e pelo preço equivalente ao da soja. O preço (balcão) é de R$ 58,50 a saca de 60 kg.

Citricultura 
Na medida em que se aproximam os meses de inverno, aumenta gradativamente o volume de frutas cítricas colhidas e ofertadas no mercado. Na região do Vale do Caí, a bergamota Caí, do grupo das comuns, já tem 25% das frutas colhidas, com preço médio de R$ 18,00 a caixa de 25 kg; a bergamota Ponkan, cuja colheita recém foi iniciada, está com 8% das frutas colhidas, e os citricultores estão recebendo em média R$ 16 por caixa. Conforme o previsto, à medida que aumenta o volume de frutas colhidas, ocorre a redução do preço recebido pelos citricultores. Entretanto, neste ano, tal redução não é tão intensa como em anos anteriores. Isso ocorre porque a bergamota Caí está com excelente qualidade, graças ao raleio bem feito, que proporcionou bom desenvolvimento das frutas. 

No restante do Brasil, a colheita de frutas cítricas inicia-se antes do que no Rio Grande do Sul, dificultando a exportação de nossas frutas para outros estados. Mesmo com esta dificuldade, os citricultores da região do Vale do Caí, organizados na Associação Montenegrina de Fruticultores e em empresas de classificação e embalagem de frutas, conhecidas como packing-house, têm conseguido exportar para outros estados a bergamota Caí, graças à qualidade das frutas, obtendo preços melhores que os do mercado local.

Na região de Santa Rosa, está ocorrendo a colheita das bergamotas Ponkan e comum; porém, a produção está menor que a dos anos anteriores. Na região próxima a Frederico Westphalen, a Ponkan é comercializada entre R$ 12,00 a R$ 15,00/caixa; a Caí, a R$ 1,00/kg. As frutas nessa região são de boa qualidade, porém um pouco ácidas, ainda voltadas ao mercado de mesa. 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.