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Cooperado da Cocamar aprova estudos para fusão com cooperativas

Produtores autorizaram a diretoria a prosseguir nas negociações


Em AGE, produtores autorizaram a diretoria a prosseguir nas negociações, que devem passar por várias etapas; previsão é de uma nova assembleia em agosto

Cerca de 350 cooperados da Cocamar, reunidos na manhã desta quinta-feira (dia 11) durante Assembleia Geral Extraordinária no salão da Associação Cocamar em Maringá, aprovaram a proposta da diretoria para a realização de estudos de viabilidade visando uma fusão com as cooperativas Corol de Rolândia e Cofercatu de Porecatu.

O evento, que teve a presença de dirigentes das três cooperativas, além de convidados, finalizou um ciclo de 19 reuniões pré-assembleia que foram realizadas entre os dias 1º e 7 deste mês nos entrepostos da cooperativa, na região noroeste, com a participação de 1.500 produtores no total.

O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, explicou que um estudo encomendado pelas cooperativas, a ser finalizado no começo de julho, vai trazer um diagnóstico da situação da Corol e da Cofercatu. “Em seguida, vamos começar a estudar um formato para essa operação conjunta”, disse. Segundo Lourenço, “será dado um passo de cada vez, sem precipitações” e uma nova assembleia deverá acontecer possivelmente no início de agosto, para orientar sobre as fases seguintes.

Na Assembleia, o vice-presidente da Cocamar, José Fernandes Jardim Júnior, apresentou um painel com as informações básicas das estruturas da Cocamar e da Corol, mostrando que ambas tem afinidade histórica. Como a primeira fatura R$ 1,4 bilhão e, a segunda, R$ 600 milhões, a união representaria um faturamento anual de R$ 2 bilhões, justamente a meta que a Cocamar pretendia alcançar em 2015. “A isto se soma mais R$ 200 milhões da Cofercatu”, cita Jardim Júnior, enfatizando que “existe potencial para no geral, em três ou quatro anos, se chegar a um faturamento de R$ 3 bilhões”. A união, acrescenta o vice-presidente, aumentaria o poder de barganha das cooperativas nas aquisições de insumos, por exemplo, repassando mais vantagens aos associados. Juntas, Cocamar e Corol possuem 13 mil cooperados, 56 entrepostos, uma área de 500 mil hectares cultivados com lavouras de soja, 256 mil com milho de inverno, 380 mil com milho de verão, 133 mil hectares com trigo, 14,5 mil hectares com pomares de laranja e 26 mil hectares com café. Na área industrial, são 2 unidades de esmagamento de soja, 2 de processamento de laranja, 2 torrefadoras de café, um moinho de trigo, uma fábrica de rações, uma usina de açúcar e álcool, estruturas de refino de óleos, fabricação de bebidas prontas para consumo e cogeração de energia elétrica. “Integrado, seria o maior parque industrial do cooperativismo na América Latina”, citou o vice-presidente.

Em busca do melhor resultado

Para o especialista Valdemir Campelo, que foi contratado para fazer o diagnóstico das cooperativas e preparar um projeto de fusão, a segunda fase será centrada na modelagem financeira para saber, enfim, o que será a grande estrutura. “Se o projeto vier a ser viabilizado, o potencial a ser explorado é imenso”, disse. “Precisamos ainda ver a melhor forma jurídica de promover uma fusão. É preciso alcançar o melhor resultado possível para todas as partes envolvidas, caso contrário não faria sentido”, acrescentou Campelo.

O presidente da Corol, Eliseu de Paula, comentou que existe sinergia na operação entre as cooperativas. “Não queremos falar em gigantismo, mas em soma de estruturas para potencializar os resultados. A oportunidade é agora”. Na opinião do presidente da Cofercatu, José Otaviano Ribeiro, “a fusão é uma forma de fortalecimento do cooperativismo, beneficiando os produtores, que são os donos das cooperativas”.

A opinião dos cooperados

Embora com um posicionamento favorável à fusão, vários cooperados manifestaram-se para fazer colocações. O produtor Osvair Reami, de Jussara, disse que “a Cocamar vive um momento muito bom e nós não queremos ser sacrificados ao ingressar em uma nova realidade”. Fazendo coro, Luiz Henrique Pedroni, de Cianorte, afirmou que “os cooperados da Cocamar temem perder os benefícios que adquiriram ao longo dos anos”. Em resposta, o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, disse que “é normal o sentimento de insegurança diante de uma situação nova” mas garantiu que não se cogita trazer nenhum tipo de problema aos cooperados. “Quando contratamos uma consultoria especializada para trabalhar a fusão, é para fazer uma coisa bem feita, para não haver problemas, mas para melhorar ainda mais”, finalizou.

Emídio Orsini, um dos mais antigos cooperados da Cocamar, disse que “é preciso aproveitar a oportunidade para crescer”. As informações são de assessoria de imprensa.

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