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Carne de frango: USDA agora aponta queda nas exportações mundiais

Avicultura norte-americana será a maior prejudicada


Após uma previsão inicial (outubro de 2014) de incremento de mais de 4% nas exportações mundiais de carne de frango em 2015, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima agora recuo de 1,2% no volume exportado, como efeito da crise econômica mundial e do surto de Influenza Aviária nos EUA. Neste caso, a avicultura norte-americana será a maior prejudicada.

Comparando-se as novas previsões (de abril corrente) com aquelas de seis meses atrás, constata-se que – entre os 10 principais exportadores – apenas dois países não tiveram suas projeções retificadas para baixo: Tailândia e Belarus. Ou seja: até para o Brasil são previstos, agora, embarques menores que os apontados nas projeções de outubro do ano passado.

Mesmo assim, o USDA prevê crescimento nas exportações brasileiras em relação a 2014, sugerindo incremento da ordem de 3%. Não é o que se espera das exportações dos EUA que, pelas projeções do USDA, podem recuar 8,5%, retrocedendo à casa dos 3,030 milhões de toneladas. Um resultado que, se confirmado, corresponderá ao menor volume dos últimos oito anos. 

A queda apontada, de 283 mil toneladas, corresponde a, praticamente, um mês das exportações de carne de frango dos EUA, representando perto de 3% das exportações mundiais. Ou seja: o recuo nos negócios mundiais será de apenas 1,2% porque o incremento de 3% apontado para o Brasil (adicional de 107 mil toneladas) preencherá parte do déficit norte-americano.

Notar que os números do USDA se restringem a produto in natura, não incluindo industrializados e carne salgada, bem como pés/patas de frango in natura. Daí, por exemplo, as exportações brasileiras de 2014 corresponderem a apenas 89% do que foi efetivamente exportado pelo País, segundo os dados da SECEX/MDIC.

Isso considerado e supondo-se a manutenção do mesmo percentual, as exportações de carne de frango do Brasil neste ano podem aproximar-se dos 4,120 milhões de toneladas - cerca de 3,12% a mais que em 2014. Mas, para isso, precisará expandir-se a uma média próxima de 4% entre abril corrente e dezembro, pois, no primeiro trimestre do ano, o volume exportado aumentou apenas 0,34%. 

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