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Controle de aftosa pede 13,93 milhões de doses

Para todo o País serão ofertadas 363 milhões de doses


Demanda oficial do Mapa para 2011 também aponta disponibilização de 363 milhões de doses para aplicação em todo o País

O rebanho de bovinos e bubalinos do Paraná devem utilizar 13,93 milhões de doses da vacina contra a febre aftosa em 2011. A estimativa integra a demanda oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para este ano, divulgada na última segunda-feira pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

Para a campanha de maio - quando são vacinados bovinos e búfalos de até 24 meses de idade - serão disponibilizadas 4,3 milhões de doses e, para novembro, 9,63 milhões. Com base nesse índice, o Estado corresponde a 26% da projeção de consumo nacional. Para todo o País serão ofertadas 363 milhões de doses ao longo deste ano, cerca de 180 milhões em cada campanha.

No ano passado, o Paraná tentou adquirir o status de estado livre da febre aftosa sem vacinação. Entretanto, a deficiência de fiscalização nas barreiras sanitárias do Estado inviabilizou a proposta, principalmente devido à dificuldade para contratação de profissionais para compor um quadro funcional capaz de manter a vigilância sanitária em alerta em substituição às campanhas de vacinação. Na época, o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa) decidiu pela continuidade da vacinação para manter a segurança da sanidade agropecuária em todas as cadeias produtivas de origem animal existentes no Estado.

O presidente do Sindan, Emilio Carlos Salani, confirma que o Paraná recuou desse projeto por questão de falta de infraestrutura. ''Faltam barreiras sanitárias móveis e fixas, além de técnicos para o controle'', argumenta. Segundo ele, é preciso desmistificar o status de livre de aftosa com vacinação. ''O que tem de ruim em vacinar. Nossas vacinas têm proteínas estruturais que protegem e não interferem no inquérito epidemiológico'', salienta. Salani esclarece que a atual vacina contra aftosa - quem vem sendo utilizada há dois anos no Brasil - não mascara a doença e permite que o diagnóstico diferencie os animais doentes dos vacinados.

Vacinação

De acordo com dados da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o Paraná possui um rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos) de 9.403.676 animais, distribuídos em 202.264 propriedades. Na Regional de Londrina, o rebanho é de 257.571, o equivalente a 36,5% do Estado. Na última campanha de vacinação, realizada em novembro de 2010, foram imunizados 9.161.745 animais em todo o Paraná, número correspondente a 97,43% do rebanho. No Núcleo Regional de Londrina foram vacinados 255.328 animais, 99,13% do rebanho.

Desde 1998 a Central de Selagem de Vacinas (CSV) armazena, atesta a qualidade, distribui e fiscaliza toda a vacina contra aftosa produzida e comercializada no Brasil, apoiando o Programa de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Para isso, a Central utiliza um selo holográfico indicativo de que a vacina é genuína e passou por todos os testes de qualidade na indústria e nos laboratórios oficiais do Mapa.

A CSV disponibiliza dados sobre vacinação ao Mapa, garante o suprimento do produto e a sua qualidade, além de possibilitar a rastreabilidade da vacina. ''Hoje esse é o maior programa de rastreabilidade de um produto no mundo. A cadeia no País está muito bem estruturada'', destaca Salani, lembrando que em algumas regiões ainda é preciso conscientizar os produtores e as autoridades sobre a importância da garantia da sanidade animal.

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