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Expoagro Cotricampo: dez centímetros no pasto que fazem a diferença no bolso

O detalhe faz a diferença e pode custar caro ao produtor de leite


O detalhe faz a diferença e pode custar caro ao produtor de leite. Com essa mensagem, a Emater/RS-Ascar mostrou, na sua participação de estreia na Expoagro Cotricampo (16 e 17/02), em Campo Novo, como um detalhe associado ao momento certo de colocar e retirar o gado do pasto pode ter reflexo nas finanças do agricultor. ?Tentamos demonstrar através de uma metodologia simples, algumas falhas que podem acontecer durante o manejo da pastagem?, explicou o extensionista da Emater/RS-Ascar, Juliano Ribeiro. ?Tem dois aspectos fundamentais, o ponto de entrada e o ponto de saída dos animais do piquete?, completou Ribeiro.

No caso do sorgo forrageiro, exemplo usado na Expoagro, seria ideal que o gado leiteiro entrasse no piquete quando a gramínea estivesse a uma altura de aproximadamente 70 cm e fosse retirado de lá quando a planta fosse rebaixada a uma altura entre 15 cm a 20 cm. Mas não é isso o que acontece em grande parte das propriedades rurais. Segundo a Emater/RS-Ascar, muitos agricultores gaúchos estariam deixando o gado por mais tempo no piquete, ao ponto em que o pasto fica rente ao solo, a uma altura não recomendada de aproximados cinco centímetros. ?Se rebaixamos demais a forrageira, em torno de cinco centímetros, comprometemos o seu rebrote, a chuva vai compactar o solo e o ciclo da cultura vai ser antecipado. Daí, teremos entre dois a três cortes, quando poderíamos ter entre seis a sete cortes?, justificou o extensionista da Emater/RS-Ascar. 

Sem sombra de dúvida

O argumento da Emater/RS-Ascar ganha força na prática. Há meses, os extensionistas planejaram o ponto de corte do sorgo forrageiro, à mostra na Expoagro, em três momentos diferentes: 23 e 30 de janeiro e 06 de fevereiro. Em um dos experimentos, eles cortaram a planta a cinco centímetros do chão. Em outro, permitiram que o sorgo ficasse um pouco mais alto, a 15 centímetros do solo. O primeiro experimento mostra o que acontece em muitas propriedades rurais: solo descoberto, planta com menos qualidade e em menor quantidade, mais tempo para o regresso dos animais ao piquete. Ao contrário, no experimento com 10 cm a mais no ponto de corte, o sorgo forrageiro está visivelmente mais fortalecido e em maior quantidade. ?Detalhes são cruciais ao sucesso?, concluiu Juliano Ribeiro. 

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