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Falta de conhecimento impede maior adesão ao Programa ABC

Avaliação do Banco do Brasil foi divulgada durante seminário da CNA em Salvador


Avaliação do Banco do Brasil foi divulgada durante seminário da CNA em Salvador sobre a agricultura de baixo carbono e práticas de produção sustentável
 
A falta de conhecimento sobre as linhas de crédito voltadas para práticas de produção sustentável no setor agropecuário é uma das principais razões que impedem uma maior adesão ao Programa ABC, criado em 2010 pelo Governo federal para financiar a utilização de tecnologias para redução de Gases de Efeito Estufa (GEEs). A afirmação é do gerente de Mercado e Agronegócio da Superintendência do Banco do Brasil na Bahia, Paulino Hashimoto, durante o terceiro Seminário de Capacitação de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), nesta terça-feira (7-2), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), em Salvador. O evento é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Embaixada Britânica, para difundir as formas de financiamento existentes no âmbito do Programa ABC e orientar técnicos, engenheiros agrônomos e produtores rurais sobre a elaboração de projetos para o uso de práticas sustentáveis em suas propriedades.

Hashimoto apresentou aos 70 participantes as principais informações referentes ao programa, que conta com R$ 3,5 bilhões para financiamento de projetos de agricultura de baixo carbono. Deste total, R$ 850 milhões estão no Banco do Brasil, devem ser contratados até março deste ano e podem contemplar produtores do País inteiro. O restante dos recursos está no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e podem ser adquiridos por outras instituições financeiras. Na Bahia, Hashimoto informou que o BB tem disponíveis R$ 33 milhões para o setor agropecuário no âmbito do Programa ABC, que tem taxas de juros de 5,5% ao ano e prazo de 20 anos para pagamento, incluindo oito anos de carência. O limite por tomador é de R$ 1 milhão por ano e o financiamento pode ser obtido para financiar projetos em uma única área da propriedade.

Também pelo Banco do Brasil, o engenheiro agrônomo Waldez Teles Mendonça, que atua no interior da Bahia, esclareceu alguns procedimentos sobre a elaboração de projetos que poderão obter financiamento da instituição para a adoção de práticas sustentáveis na propriedade. Entre os requisitos, o interessado deve ser cliente do banco e seu projeto precisa identificar a área onde será realizado o experimento com tecnologias sustentáveis. O mutuário também não deve ter débitos anteriores pendentes junto ao banco.

Ainda na programação do evento, o consultor Cléber Paiva Cabral, engenheiro agrônomo aposentado e especialista em projetos, afirmou que o Programa ABC representa uma importante oportunidade para novos projetos de produção sustentável. O seminário realizado na capital baiana foi o terceiro de quatro encontros regionais promovidos pela CNA sobre o Programa ABC. O último seminário de capacitação acontece no dia 14 deste mês, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

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